The Alba Iulia Battyaneum Library, subsidiary of the National Library of Romania, was visited in the summer of 2014 by the authors with the intent to explore the commentaries on Peter Lombard’s Sentences which are preserved in the renowned collection of this library. With the help of research tools currently available, the authors verified 21 manuscripts and identified 20 commentaries, and also 4 copies of the Sentences’ text. Overall, the authors discovered five yet unmentioned copies of commentaries. The article presents (...) the newly ascertained details on 17 manuscripts, in relation with previously known data. (shrink)

O objetivo deste estudo é apresentar a “famosissima quaestio” que envolve a relação entre a presciência, a predestinação e a graça de Deus com o livre-arbitrio humano, segundo Anselmo de Cantuária. Essa discussão aparece em seu último tratado, Ze concorda, escrito provavelmente entre 1107-1108. Nesta obra, Anselmotetoma e confirma a definição de liberdade como um poder de conservar a retidão da vontade, examinando isso à luz da graça divina.

O artigo tenta compreender como o software livre tornou-se vetor de um movimento social militante para criação e difusão de bens comuns. Como, para além de suas características de “meio” esses softwares foram transformados em questões de política, economia, sociedade, cultura e ética? São emergência, os modos de organização e as ideologias desse movimento que o artigo se propõe a analisar.

Ce livre offre un parcours en compagnie d'ecrivains, philosophes et poetes, parmi les plus marquants de la deuxieme moitie du XXe siecle. Son point de depart est une question qui porte sur l'essence meme de la litterature: que signifie aimer avec passion une oeuvre et l'homme qui est derriere?... Comment vit-on avec? Et qu'y trouve-t-on pour vivre avec soi meme, apprendre a vivre ainsi? Il s'agit donc d'un livre ecrit a la premiere personne par un auteur qui aura (...) eu la chance de croiser le chemin de quelques grandes figures de la pensee francaise contemporaine: Edmond Jabes, Jacques Derrida et Andre du Bouchet, Maurice Blanchot de facon plus lointaine. On y trouvera pourtant une volonte clairement pedagogique. Didier Cahen reprend et etudie les enonces multiples de ces createurs de la postmodernite sur l'articulation de la pensee et de la litterature ou sur l'espace commun de la philosophie et de la poesie. Dans la foulee, il aborde des questions plus ouvertes, qui touchent a l'intuition de l'autre, au non-savoir qu'explore la face cachee de la litterature. Comme le demontrent les oeuvres singulieres de Roger Laporte et de Marcel Cohen, ecrire c'est mettre sa vie en jeu, se fier a ce qui vient, suivre l'ordre de l'Autre... en se jouant de l'etre. Indiscipline au coeur des disciplines, cet exercice de la litterature traverse ainsi les genres, engage son ecriture au-dela des lignes du livre, delivre le message qui se lit a livre ouvert. (shrink)

Dans la vaste production philosophique d'Ibn Arabi (1165-1240), "Le livre des théophanies" condense l'essentiel de la doctrine de l'union mystique du métaphysicien soufiste, en une centaine de brèves visions qui sont autant d'éclairages ponctuels sur les stations et les arcanes de la connaissance divine.

Kitāb Shifāʾ al-asqām al-ʿāriḍa fī l-ẓāhir wa-l-bāṭin min al-ajsām li-l shaykh sayyid Aḥmad b. ʿUmar al-Raqqādī al-Kuntī. Edited by Floréal Sanagustin. VECMAS. 3 vols. Lyons: ENS Éditions, 2011. Pp. v + 167 ; v + 147 ; iv + 133.

Cet article s'interroge sur le type de théories qui sont produites dans des livres et uniquement dans des livres, sans garantie disciplinaire ni institutionnelle. À partir de deux cas, une méthode comptable et un traité sur la noblesse, il vise à montrer que l'identification des conditions matérielles et sociales d'évolutions de la pensée (contexte de rédaction d'un ouvrage, circulation ou marché de l'imprimé, commande) revient finalement à une analyse par l'esprit du temps, dès lors que le livre est traité (...) comme un résultat ou un produit, et que le travail qu'il effectue n'est pas pris en compte. Les cas choisis révèlent que l'ajustement d'un livre à une demande ou à une action politique n'est pas une explication, utilisable telle quelle par l'historien, mais le fait d'une interprétation des besoins de théorie suscités par cette action. Cette interprétation, comme fait, est à expliquer: on la comprend ici comme proposition de manières de savoir que seule la reconnaissance du pouvoir, c'està- dire l'activation de réseaux et de relais sociaux, peut valider. (shrink)

The atomistic theory, in the argument against astrology in Book VIII of the Recognitiones, corresponds very little to the thought of Epicurus, even though the writer of the novel claims to refute him. Scholars explain this discrepancy as a misunderstanding of Greek philosophy by the author of the Recognitiones. However, the theory refuted in Book VIII shares many similarities with the cosmology of the Syrian philosopher Bardaisan. The latter gives an important place to atoms and it is possible that the (...) rejection of the Epicurean system is directed against astral determinism, accepted in part by Bardaisan. The discourse of Nicetas would attempt to overthrow the Bardaisanian idea that inequalities among men are the result of the power of the stars. While the Recognitiones are in agreement with the Syrian philosopher who thinks that the stars have no effect on the free will of man - reproducing his thought in Book IX - they are opposed to the idea that the inequalities among men are the result of astral fatalism. The synthesis of Epicurus and Bardaisan would aim at refuting all determinism, be it Epicurean or Bardaisanian. (shrink)

Depuis la publication des Cahiers noirs, percer l’énigme du rapport entretenu par Heidegger avec le christianisme et le judaïsme constitue une tâche d’une urgence nouvelle. Si l’hostilité et la concurrence caractérisent cette relation, il s’agit d’en bien déterminer l’enjeu autant que l’arène. Entre la pensée de l’Être et la Parole de Dieu, les pages qui précèdent s’efforcent de montrer qu’il y va pour Heidegger d’un affrontement autour de la vérité elle-même. Le lieu de cette lutte s’avère alors la langue grecque, (...) où s’est une fois pour toutes inscrit le commencement de la question de l’être et en laquelle s’est finalement traduit l’appel de Dieu. Il s’agit alors de présenter la façon dont Heidegger aura conçu l’événement de cette rencontre advenue dans la langue native de la philosophie. En plaçant sa lecture de la lettre biblique, et sa compréhension de l’esprit qui l’anime, en regard de l’exégèse de son ancien collègue et ami Rudolf Bultmann, apparaîtront également les limites qui furent celles de l’entente heideggérienne des paroles se recueillant dans la Bible et les secrètes dépendances que sa philosophie conserve à leur endroit. (shrink)

Este artigo pretende caracterizar de forma geral os posicionamentos fisicalistas na filosofia da mente e indicar como a questão do livre-arbítrio surge e pode ser crucial para tal corrente de pensamento. Primeiramente pretende mostrar a diferença entre a posição reducionista e a não-reducionista e depois salientar suas potencialidades e dificuldades na abordagem da questão do livre-arbítrio. Enfim, mesmo que a questão ainda fique em aberto, verificar-se-á que o livre-arbítrio parece não encontrar espaço no cenário apresentado pelas correntes (...) fisicalistas. (shrink)

Erasmo de Rotterdam escreverá a favor do livre-arbítrio e admitirá que a presciência divina seja compatível com a livre iniciativa da vontade. A possibilidade do acordo entre a necessidade e a liberdade estará preservada, e o humanista demonstrará influenciado pelas alegorias de Orígenes, que as passagens contidas nas Sagradas Escrituras concordarão com o livre-arbítrio. Mas, para se contrapor à interpretação que Lutero fazia dos conceitos de presciência divina e necessidade, o humanista discutirá com a escolástica medieval e, (...) se por um lado, concordará com as cinco provas tomistas a respeito de Deus como princípio e causa do mundo, por outro lado, relativizará que a presciência divina seja a causa necessária dos acontecimentos futuros. Dentro desse contexto, Lutero responderá a diatribe de Erasmo e escreverá o servo-arbítrio, demonstrando radicalmente o contrário, isto é, que não haveria nenhuma compatibilidade entre a vontade de Deus e a vontade humana, porque esta foi completamente obscurecida pelo pecado original. O monge de Wittenberg amplificará o mito do pecado original de Agostinho e dirá que o livre-arbítrio nunca serviu para nada. (shrink)

Pretendemos neste artigo examinar a aparente incompatibilidade entre a concepção, exposta na terceira Crítica kantiana, do jogo livre ou harmonia entre as faculdades da Imaginação e do Entendimento e a Dedução Transcendental das Categorias da primeira das Críticas kantianas, na medida em que a primeira parece afirmar que a Imaginação pode apreender “sem conceitos” um objeto intuído, ao passo que a última parece submeter todas estas apreensões à posse a priori de um conceito. De modo a realizar este exame, (...) vamos considerar as posições assumidas por alguns dos mais proeminentes interpretes da filosofia de Kant. (shrink)

Resumo A concepção sobre livre-arbítrio em Abelardo foi definida na obra Theologia scholarium como a própria deliberação do indivíduo em fazer ou renunciar a algo. Na Ethica, essa ideia foi desenvolvida a partir da noção de voluntário. Em se tratando de pecado, base das discussões da Ethica, Abelardo desenvolveu o conceito que conhecemos hoje como “moral da intenção”. Nessa perspectiva de moral, o pecado só se sustentaria a partir da intenção do indivíduo, fruto do seu consentimento, ação livre (...) e voluntária. A proposta do artigo é analisar de forma introdutória como a ideia de livre-arbítrio foi compreendida por Abelardo em relação ao pecado e em relação à vontade de Deus, posicionamento que colaborou para sua condenação no Concílio de Sens, em 1140.Abelard’s conception of free will was defined in the work Theologia scholarium as the deliberation of the individual to do or renounce something. In Abelard’s ethical writings, this idea was developed on the basis of the notion of the voluntary. In his treatment of sin, the basis of Abelard’s discussions, Abelard developed the concept currently known as “intentionalist morals”. In this moral perspective, sin would only result from the intention of the individual, as the result of his or her consent and of free and voluntary action. The purpose of this article is to introduce Abelard’s idea of free will in relation to sin and God’s will, a position that contributed to his condemnation at the Council of Sens in 1140. (shrink)

A acusação de entusiasmo é um dos temas mais paradoxais da polêmica entabulada por Berkeley no Alciphron contra o livre-pensamento. Com efeito, o entusiasmo designa tradicionalmente uma forma de iluminação religiosa aparentemente incompatível com as pretensões do livre-pensamento à racionalidade crítica. Ora, essa acusação não se dirige aos principais deistas como Toland e Collins (antes qualificados como racionalistas obstinados) mas principalmente a Shaftesbury, cuja análise inovadora do entusiasmo como paixão universal, criativa ou destrutiva segundo o temperamento do indivíduo, (...) é recusada por Berkeley. Este artigo quer mostrar que a recusa de Berkeley traz subentendida uma concepção da razão como disciplina educativa heterônoma e que ela reenvia a uma imagem tradicional do homem, cuja natureza só é bestial antes ou sem a educação religiosa, contra a reavaliação do papel epistemológico e moral conferido pela análise shaftesburiana do entusiasmo ao desejo e ao sentimento individuais. Freethinking: an Enthusiasm of Reason?In the polemic raised by Berkeleys Alciphron against Freethinking, one of the most paradoxical topics is the accusation of enthusiasm. For enthusiasm traditionnally means a kind of religious illumination seemingly incompatible with the critical rationalism the freethinkers pretend to assume. Now this accusation is not raised against the foremost british deists like Toland and Collins (rather dismissed as rationalistic bigots), but against Shaftesbury, whose new analysis of enthusiasm as a universal passion, creative or destructive following only the temper of the individual, is strongly rejected by Berkeley. This papers aim is to show that Berkeleys rejection of this modern sense of enthusiasm involves a traditional and conservative conception of reason as an heteronomous, educational discipline of man, whose nature would only be bestial before -or withoutreligious education, against the new epistemological and moral role given to desire and sentiment by Shaftesburys analysis of enthusiasm. (shrink)

A «proto-história» do livro e a história da imprensa foram sobretudo assuntos dos bibliófi­los, dos bibliográficos e dos historiadores da literatura, ou seja, de especialistas ambicionando defender uma identidade, ou de distinguir, na massa da produção impressa ao longo dos sécu­los, o raro, o monumental, o anedótico, o literário... A partir de meados do século XX c com Apparition du Livre (1a Ed. 1958) de Lucien Febvre et Henri-Jean Martin, a história do livro, usufruindo dos desenvolvimentos da sociologia histórica (...) e de conceitos como o de «história das mentalidades», constituiu-se como disciplina pioneira. Com trabalhos como Histoire de l'édition française (1982-1986), Histoire des bibliothèques françaises (1988-1992), Diction­naire encyclopédique du livre (2002 -...) e outros projectos similares quer na Europa, quer além dela, o livro foi reposicionado, quer quanto à sua produção, quer quanto às práticas associadas, num vasto contexto económico, social, político e cultural. Ao mesmo tempo, as interrogações levantadas pela história do livro foram ao encontro da história da comunicação social e dos media, que hoje se tornaram dominantes. (shrink)

Este trabalho visa aprofundar o conceito de liberdade como autodeterminação da vontade em Juan Duns Escoto. O problema da escolha é interpretado a partir de uma leitura da ética aristotélica que privilegia um ponto de vista centrado no fato de que a razão é o que direciona adequadamente a escolha, que é entendida como desejo racional. Porém, surge o problema de até que ponto, então, seria realmente uma escolha livre, uma vez que, quando o objeto do desejo é mostrado (...) ao intelecto, este não poderia negá-lo se fosse racional, então a escolha seria determinada por desejo próprio, natureza racional. Nesse sentido, não podendo ir contra a própria racionalidade, ainda, a limitação não seria entendida num sentido negativo, mas sim como coerência. Para Scotus, pelo contrário, a liberdade é constituída principalmente pela possibilidade de escolher qualquer um dos opostos, e mesmo de fazê-lo no momento da escolha. Ou seja, a vontade mantém sempre a possibilidade de escolha a cada momento. Assim, a liberdade seria entendida como autodeterminação da vontade. (shrink)

" Il n'y a pas plus de culture populaire que de culture élitaire : il y a des œuvres qui exhaussent, élèvent, transcendent, embellissent, d'autres qui diminuent, rabaissent, avilissent... Le comble du malentendu, ou de la lâcheté ambiante, c'est que nombre de moyens de communication et de divulgation ont fait avec cynisme le choix de promouvoir à outrance le populisme culturel [...] Le livre, quand il se tient dans l'espace spécifique de sa vocation intrinsèque, est encore cet objet de (...) sens et de pressentiment qui véhicule le meilleur de ce que l'humanité a à se proposer à elle-même.". (shrink)

English summary: The fifth book of Aristotles Metaphysics is presented here in a new French translation with analysis of the books structure and considerable commentary and overview of the significance and often difficult meaning of this essential text. French description: On s'est beaucoup interroge sur le cinquieme livre de la Metaphysique, qui se presente sous la forme de trente notices consacrees a l'etude des differentes significations ou usages de certains termes, dont les raisons du choix n'apparaissent pas d'emblee. Le (...) present travail met en evidence la maniere dont le livre s'integre a l'enquete proprement metaphysique d'Aristote, par l'analyse de ces termes de toute premiere importance philosophique, trop generaux pour etre etudies par une science particuliere, mais indispensables a la connaissance de n'importe quel domaine de l'etre. Une traduction inedite, qui degage la structure du texte, un commentaire approfondi et une synthese originale des significations distinguees permettent une approche nouvelle de ce document celebre. Les auteurs esperent ainsi a la fois faciliter la lecture et la comprehension du texte, et fournir en outre aux specialistes de nombreuses suggestions d'interpretation de passages controverses ou obscurs. (shrink)

Farabi (ob 950), philosophe persan originaire des confins des mondes persan et turc (Transoxiane), vient s'établir à Bagdad vers la fin du IXe siècle. Il s'y convertit à la philosophie comme on entre en religion. Il quitte Bagdad en 942 pour s'établir la même année à Damas où il meurt huit ans plus tard. C'est là qu'il met le point final au Régime politique qui est son testament philosophique. Ce traité condense toute sa compréhension de Platon, d'Aristote et de la (...) tradition philosophique tardo-antique. Il y livre en outre la clé d'interprétation de son oeuvre la plus fameuse, La Cité vertueuse, dont le Régime politique approfondit les thèmes centraux. On y découvre deux aspects complémentaires de la politique telle qu'il la concevait. Tout d'abord, la politique, pour être philosophique, se doit de faire de la métaphysique son infrastructure. Il faut partir d'une conception définie du monde et de ses principes pour savoir que la destination de l'homme passe nécessairement par la cité. De plus, la politique comme science a une finalité pratique : critiquer jusque dans leurs fondements les régimes et les religions corrompus de son époque. Le traité est à cet égard un document unique dans l'histoire de la falsafa : un philosophe arabophone adresse à la postérité son jugement sur la civilisation arabo-islamique des IXe Xe siècles. (shrink)