Dans cet ouvrage, Jacques Mestre, qui est professeur à la Faculté de droit d'Aix-Marseille, porte un regard résolument optimiste sur les choses de la vie et l'avenir de notre Humanité. Il a choisi de le faire en une triple qualité. D'abord en sa qualité d'enseignant. Animé, après plus de trente ans d'exercice professionnel, d'une passion toujours intacte pour ce superbe métier d'ouverture et de transmission. Mais soucieux également de voir les jeunes trouver leur place, avec tout le bonheur (...) qu'ils méritent, dans une société difficile, à la fois libérée et exigeante, audacieuse et craintive. Ensuite en tant que juriste. Observant ici que nombre de questions fondamentales se posent aujourd'hui, de manière très concrète, en termes juridiques. Et désireux que le Droit, souvent présenté comme ardu et technique, et qui est, en réalité, une matière simple, soit dès lors accessible à tous, et particulièrement à celles et ceux qui ont soif de réflexion et de dialogue. Enfin en tant que citoyen de base, immergé, comme tant d'autres, dans un monde qui le dépasse et, parfois même, l'angoisse. Et pourtant convaincu que ce monde recèle en lui des trésors de passion et d'enthousiasme, d'intelligence et de beauté, susceptibles de le préserver du pire et de l'orienter vers le tout meilleur... À condition encore que ces trésors ne disparaissent pas sous les préoccupations quotidiennes, et qu'ils puissent librement s'exprimer! L'auteur se propose donc de leur donner la parole, à la manière d'un rapporteur de synthèse qui, à la fin d'un colloque, s'efforcerait de rassembler tous les éléments positifs présentés par les autres pour que l'essentiel soit mis en lumière, et permette à chacun, à la place qui lui revient, de se tourner avec confiance vers l'avenir... (shrink)

A publicação dos "Escritos" de Lacan no Brasil constitui um marco para a bibliografia psicanalítica em língua portuguesa. Contendo a íntegra dos textos escritos por Lacan entre 1936 e 1966, inclui "O seminário sobre 'A carta roubada'", "O estádio do espelho", "Função e campo da fala e da linguagem", "O tempo lógico" e "A direção do tratamento", entre outros artigos fundamentais para a psicanálise contemporânea. Criteriosamente traduzido e revisto por especialistas na obra do mestre francês, o volume traz índices (...) remissivos e paginação correspondente do original francês. Notas abundantes, preparadas especialmente para a edição brasileira, esclarecem passagens complexas, justificam certas traduções propostas ou reproduzem trechos em que a referência ao original francês se faz imprescindível. (shrink)

Para além de O mestre ignorante - O encontro entre filosofia e educação como questão filósofico-política a partir da obra de Jacques Rancière Resumo: Este artigo busca situar, a partir da filosofia de Jacques Rancière, em que medida a educação se constitui um verdadeiro problema à filosofia política. A partir da análise que o filósofo francês faz do encontro polêmico entre filosofia e democracia na filosofia platônica, buscamos traçar alguns paralelismos com relação ao encontro, também polêmico, entre (...) filosofia e educação. Pretende-se, assim, lançar novas luzes sobre o que poderíamos chamar de uma filosofia política da educação. Para isso sustentamos duas hipóteses de trabalho: a primeira, de que o lugar da educação no pensamento de Rancière precisa ser compreendido para além de Le maître ignorant (1987); a segunda, de que a filosofia política de Rancière busca uma superação dos impasses gerados pela lógica da emancipação intelectual de Jacotot. Assim, pensar com Rancière o uso pedagógico em política e em estética pode nos auxiliar a situar a relação entre educação e democracia em outras bases. Palavras-chave: Filosofia política da educação; Jacques Rancière; Filosofia política; Emancipação intelectual; Democracia. Beyond The Ignorant Schoolmaster – The encounter of Philosophy and Education as a philosophical-political question from Jacques Rancière's work Abstract: Based on Jacques Rancière's philosophy, this article seeks to determine the extent to which education constitutes a real problem for political philosophy. From the French philosopher's analysis of the controversial encounter between philosophy and democracy in Platonic philosophy, we seek to draw some parallels with regard to the also controversial encounter between philosophy and education. This is intended to shed new light on what we might call a political philosophy of education. For this we support two working hypotheses: first, that the place of education in Rancière's thought must be understood beyond Le maître ignorant (1987); second, that Rancière's political philosophy seeks to overcome the impasses generated by Jacotot's logic of intellectual emancipation. Thus, thinking with Rancière about pedagogical use in politics and aesthetics can help us situate the relationship between education and democracy on other grounds.Keywords: Political philosophy of education; Jacques Rancière; Political philosophy, Intellectual emancipation; Democracy. Au-delà de Le maître ignorant – La reencontre de la philosophie et de l'éducation en tant que question politico-philosophique de l'œvre de Jacques Rancière Résumé: Basé sur la philosophie de Jacques Rancière, cet article cherche à déterminer dans quelle mesure l'éducation constitue un problème réel pour la philosophie politique. À partir de l'analyse du philosophe français entre philosophie et démocratie dans la philosophie platonicienne, nous cherchons à établir des parallèles avec la rencontre également controversée entre philosophie et education. Cela vise à jeter un nouvel éclairage sur ce que nous pourrions appeler une philosophie politique de l'éducation. Pour cela, nous soutenons deux hypotheses de travail: premièrement, la place de l'éducation dans la pensée de Rancière doit être comprise au-delà de Le maître ignorant (1987); deuxièmement, que la philosophie politique de Rancière cherche à surmonter les impasses générées par la logique d'émancipation intellectuelle de Jacotot. Ainsi, réfléchir avec Rancière à une utilisation pédagogique en politique et en esthétique peut nous aider à situer la relation entre éducation et démocatie sur d'autres bases.Mot-clé: Philosophie politique de l'éducation; Jacques Rancière; Philosophie politique; Emancipation intellectuelle; Démocratie. Data de registro: 10/02/2020 Data de aceite: 29/09/2021. (shrink)

O presente artigo objetiva realizar uma análise conjunta das obras Metamorfoses (2020) do filósofo italiano Emanuele Coccia e O mestre ignorante (1987) do filósofo francês Jacques Rancière. A análise será feita sob a luz do crescente interesse contemporâneo sobre o conceito de comum, considerado uma aposta política e filosófica de diversos movimentos sociais e intelectuais críticos tanto do neoliberalismo quanto do comunismo de Estado. Argumentaremos que as duas obras, ainda que não coloquem tal noção em primeiro plano, apresentam (...) contribuições importantes para a compreensão do comum, principalmente em sua dimensão filosófica. Argumentaremos também que o conceito de inteligência em O mestre ignorante e o conceito de metamorfose em Metamorfoses, ainda que mobilizados em edifícios conceituais diferentes, não deixam de apresentar um certo tipo de parentesco – sendo ambos dispositivos sensíveis e cognitivos que expressam uma dimensão inapropriável, transmundana e compartilhada, uma riqueza comum, uma potência imprópria que pertence a todos e a ninguém. (shrink)

Neste artigo, nosso objetivo é mergulhar no caráter político da educação escolar a partir de uma discussão pedagógica-filosófica. Buscamos repensar as noções de política e skholé, nos distanciando das abordagens mais comuns da política em relação à educação escolar: não apenas evitando, por um lado, a redução da política a uma questão de dinâmicas de poder, uma arena para discutir e resolver problemas sociais ou uma questão de governamentalidade; mas também evitando a redução da escola a um instrumento a favor (...) delas. Acreditamos que uma leitura meticulosa do trabalho político do filósofo francês Jacques Rancière oferece um caminho para articular as relações entre política e educação escolar sem cair nessas reduções. Sugerimos que, a partir dessa abordagem rancèriana, se torna possível explorar o aspecto transformador e emancipatório da educação escolar sem negar seu caráter político e sem reduzi-la a um mero instrumento de política governamental. Portanto, depois de revisar o que acreditamos serem algumas noções-chave do conceito de política de Rancière, propomos discutir o caráter político da educação escolar abordando dois aspectos pedagógicos cruciais: a formalização da skholé (ou seja, a maneira pela qual a skholé toma forma) e a formação escolar (o tipo de formação possibilitada pela educação escolar). Nosso objetivo é contribuir para os debates pedagógicos sobre a educação escolar, possibilitando um diálogo com uma leitura de Ranciére que vá além de O mestre ignorante. (shrink)

A obra do filósofo Jacques Rancière tem gerado intensos debates. Seu livro O mestre ignorante foi publicado na França pela primeira vez em 1987. Mas foi a partir de sua tradução ao português em 2002, primeiro e ao castelhano em seguida, que suas ideias despertaram grande interesse no campo da educação latino-americana. Neste trabalho nos detemos a refletir sobre um ponto que consideramos central e problemático: a possibilidade de que na escola se gere uma comunidade de iguais. Para (...) isso, além de analisar algumas passagens da obra de Rancière, abordaremos a experiência realizada pela escola de gestão social Creciendo Juntos. (shrink)

Neste artigo, interessamo-‑nos pelo neologismo «perverformatif» [«performativo»] usado por Jacques Derrida em La Carte postale e em Marx & Sons. Se Derrida é um outro «mestre do performativo», título que ele reservava ao «Plato» de La Carte Postale não é por negar a Lei ou a sua «verdade», mas porque tem necessidade delas para assegurar a incidência de um desafio. O que performativamente se põe em obra e em abismo nos «Envios» passa assim por um desejo «perverso» de (...) fazer advir esta lei e de a desviar. A nossa hipótese é a de que é precisamente o que se performa no idioma daquele que não tem senão uma língua que não é a sua e para quem as palavras «contêm a sua própria perversidade». Interrogaremos, pois, os rastros deste vocábulo, a sua virtualidade a operar e o seu alcance – linguístico, mas também ético e político – no pensamento de Jacques Derrida. (shrink)

Neste artigo, nosso objetivo é desenvolver o seguinte questionamento: Na relação entre professor e aluno em sala de aula, é possível, através do reconhecimento mútuo, romper com o princípio da desigualdade das inteligências, que produz o embrutecimento, em prol de uma educação para a emancipação? De início, principalmente, a partir de Judith Butler, descrevemos o processo de reconhecimento mútuo e buscamos mostrar que, tanto nas relações entre professor e aluno como em outras possíveis conjunturas, o reconhecimento mútuo ocorre mediante determinadas (...) normas que condicionam os modos de reconhecimento. Em seguida, com Jacques Rancière, focamos o princípio da desigualdade das inteligências que, de acordo com o filósofo franco-argelino, se faz presente como verdade inquestionável ou crença inabalável na relação entre mestre e aprendiz. Situada dentro do enquadramento da desigualdade das inteligências, a relação entre professor e aluno se configura em duplas polarizadas, de modo que temos, de um lado, o professor posto como sábio, sujeito ativo, explicador e capaz de usar sua própria inteligência; e, do outro, o aluno tido como ignorante, espectador passivo, incapaz de aprender por si mesmo e sempre dependente do mestre explicador. Em tais termos, o reconhecimento mútuo entre eles se torna impossível. Por fim, postulamos, ainda, a partir de Rancière, o princípio da igualdade das inteligências e ensaiamos a possibilidade de ruptura com o princípio da desigualdade das inteligências, em prol de uma educação comprometida, não com o embrutecimento e a submissão da inteligência do aprendiz àquele mestre, mas com a emancipação de ambos, compreendidos, daí por diante, como interatores, iguais em inteligência na sala de aula. Palavras-chave: Reconhecimento. Enquadramento. Embrutecimento. Emancipação. (shrink)

Like many interested in the gift, I have to confess to having always experienced a certain attraction for methodological individualism. Through its way of approaching social actors, methodological individualism introduces the actor's concern: what are the sound principles which account for the behaviour of the actors that are observed? This is the question which individualism compels us constantly to ask. Admittedly, its response is almost always the same: self-interest. As R.H. Frank wrote: Most [economists’] texts mention at the outset that (...) our rational choice model takes peoples’ tastes as given. They may be altruists, sadists, masochists; or they may be concerned solely with advancing their own material interests. But having said that, most texts then proceed to ignore all motives other than material self-interest.(Frank, 1994, p. xxiii). (shrink)

This prize-winning book, first published in France in 1982 and now available in an English translation, investigates the question of human subjectivity.

Traiter de la figure du Christ revient à interroger Dieu. Cette démarche peut réunir théologiens et littéraires autour du même objet ; la création romanesque, libre par essence si on se réfère à la théorie des genres, ne peut toutefois s’écarter des fondements du message évangélique sous peine de n’être prise au sérieux par personne. À travers l’analyse de quatre romans contemporains – que Jésus parle lui-même, se révèle dans la contemplation par autrui ou provoque les interrogations fondamentales autour de (...) sa résurrection –, apparaît l’image de Celui qui toujours se révèle de manière indirecte, dans le questionnement des hommes de bonne volonté. (shrink)

Het succes waarmee wij ons in een democratische rechtsstaat hebben kunnen bevrijden van autoritaire stelsels en dogmatisme zal tegen ons werken wanneer we zelf geen verantwoorde invulling geven aan levenswijze en levenszin. We slaan gemakkelijk door in egoïsme, onverschilligheid, overproductie en vervreemding. De teleurstelling is groot over onze omgang met Moeder Aarde, de multiculturele problematiek, toenemende sociale ongelijkheid door zelfverrijking en de afbraak van de zorgcultuur. De oorzaken van psychisch lijden komen veelal voort uit het schenden van waarden. Wij doen (...) dit anderen aan of anderen ons. Leegte, doelloosheid en eenzaamheid zijn het gevolg. Avontuur, winstbejag, drugs, succes en sensatie moeten ons tevergeefs uit het slop halen. Vernieuwing is gewenst. Kennis over goed leven is cognitief makkelijker te verspreiden en te toetsen dan eigen attituden te onderzoeken en zo nodig gedrag zelf te wijzigen. Van toename aan zelfkennis en bewustwording van ons onvermogen is meer te verwachten. Aandacht voor psychologische en morele ontwikkeling verheldert het ontstaan van voortreffelijke persoonseigenschappen in het proces van bildung. In dit sociaalfilosofisch werk over levenskunst (ars vitae) veel aandacht voor klassieke wijsheden, een betere verhouding tussen het cognitieve en het emotieve, psychologische experimenten, modern geluksonderzoek en een breed scala aan intrapsychische en psychosociale vaardigheden die het welzijn en de weerbaarheid tegen misstanden vergroten."--Page 4 of cover. (shrink)

Patient self-disclosure is essential to the work of health professionals, and this is even more critical in mental health where speech is a reflection of the content of thought. Self-disclosure is then about invisible symptoms that are associated with health problems where discrimination and stigmatization are still very prevalent. This article explores the ethical issues of this phenomenon which has received very little study. Disclosure as a decision-making, interpersonal, dynamic and complex process will be defined and deepened with the help (...) of examples from research. Subsequently, the vulnerability of the person who discloses will be addressed, followed by issues of quality of care and related to the standards of professional practice associated with patient disclosure and their associated responsibility. These elements highlight many ethical issues and ultimately lead us to a proposal to situate the professionals involved. (shrink)

Le philosophe parle de phenomenes et de noumenes. Pourquoi ne donnerait-il pas son attention a l'etre du livre, au bibliomene? Cette suggestion de Gaston Bachelard est ici reprise et prolongee. Voue aux fondations, le present ouvrage dresse une correspondance entre textualite et interrogativite, assez puissante pour indexer les modalites du pensable sur les grands types de textes, de la science a la theologie et a la poesie. L'auteur s'adresse a ceux qui ecrivent des textes. Comme a ceux qui s'interrogent sur (...) leur dimension essentielle pour la culture et sa transmission. L'intervention d'une philosophie du texte est opportune dans le concert des disciplines objectivantes. Elle introduit une idee neuve en philosophie: la positivite du texte. Il lui revient, comme naguere a la philosophie du langage, de conquerir le niveau fondamental du probleme et d'en redeployer les dimensions oubliees: le tournant textuel etend le pensable au textualisable, au lieu de le limiter au dicible. Il fait du texte un terme theoriquement marque pour la pensee elle-meme, plutot que discours, et interpretation, dont les concepts sont derives. Exigeante textualite: les conditions de la signifiance se retrouvent comme criteres de plenitude des grands textes ou de deficience des textes triviaux. Une logique de la typicalite prevoit des prototypes et des cas limites, des hybrides et des interfaces. La critique propose leur evaluation, diagnostique la troncature des sous-textes ou des non-textes. Elle differencie la pensee au sein du texte, le travail dans l'oeuvre, une proposition d'existence grace au livre, l'education meme du vivre par Le Livre. (shrink)

The way information is perceived and defined today is no longer an accurate portrayal of the interactions occurring among user–information–interface. We are so accustomed to the traditional models of human–machine interactions that we often overlook the fact that first- and second-order cybernetics definitions are now antiquated and one-dimensional when used to describe user–information–interface interactions. Within this new era of user–information–interface relationship, the introduction of the concept of Meta-Environment reflects a more accurate representation of the processes of information gathering and sharing (...) and their interactions. Meta-Environments break the mold of traditional thinking and refocus attention not on the user, information or interface alone, but on the relationships and processes as a whole. It expands cybernetics to its fourth order while focusing on the relationship among user-information-interface as a Complex Adaptive System. (shrink)