Entre as décadas de 1960 e 1970, na esteira das lutas anti-coloniais em África, vê-se surgir através do cinema a possibilidade de construção de uma identidade africana e uma autonomia cultural e política do continente. A linguagem cinematográfica configurou-se, naquele momento, numa ferramenta de discurso diante da dificuldade de escrita da História. A câmara, assim, tornou-se uma arma para a denúncia da impotência da classe política africana e, além disso, um meio para a reivindicação de uma imagem descolonizada do continente. (...) Neste artigo, problematizo os conceitos de identidade, tradição e modernidade no contexto pós-independência africana, conforme a representação do filme Xala do cineasta-escritor senegalês Ousmane Sembène. Além disso, discuto os aspectos que possibilitaram a construção de um imaginário de superação da colonização e a articulação discursiva dessa tendência cinematográfica em torno da desejada revolução social em África. (shrink)

O objetivo deste artigo é analisar como a escravidão negreira esteve a serviço da devastação ambiental no Recôncavo Baiano durante o período colonial. Trata-se de um par pouco conhecido, embora largamente comentado por muitos, mas de forma separada. Este texto visa a preencher uma lacuna bibliográfica ao trabalhar dois conceitos caros à sociedade brasileira: o problema da escravidão e o da devastação ambiental na região do Recôncavo Baiano. Por essa razão o presente texto está dividido em duas partes: na (...) primeira, será examinado o comércio dos escravos e sua finalidade inicial; na segunda, será perscrutado como a devastação ambiental foi executada pelos negros, a mando de seus senhores, a fim de suprir o mercado exportador de madeiras, sobretudo, deixando consequências indeléveis para a região até os dias de hoje. Espera-se que o texto possa colaborar com o avanço dos estudos interdisciplinares sobre a história ambiental no Brasil. (shrink)

Publicada en 1979, Violence se desarrolla en la ciudad nigeriana de Benín, durante el boom petrolífero de la década de 1970. La narrativa se centra en dos matrimonios que representan ambos extremos del espectro social, cuyos caminos se cruzan mientras sortean diversos obstáculos. La novela de Iyayi constituye una crítica marxista de la violencia ejercida por la pobreza y la desigualdad extrema. Violence muestra cómo ciertos cuerpos humanos se cosifican y explotan de manera sistemática, a la vez que aquellos que (...) no generan ganancias son descartados sin el menor rastro de humanidad. Desde la perspectiva de la ecocrítica urbana, este artículo examina instancias de cosificación corporal en la novela y, específicamente, de comoditización de energía y materia humanas entendidas como recursos naturales. El estudio propone que Iyayi no solo critica esta comoditización al presentarla como una consecuencia del proyecto capitalista, sino que también la cuestiona mediante actos de cuidado resistente que devuelven a los cuerpos cosificados su calidad de sujeto. Estos actos de cuidado constituyen una forma de refutar la separación artificial de Naturaleza y Sociedad, contenida en el dualismo de cuerpo y mente, que históricamente ha justificado la explotación y expropiación capitalista (neo)colonial. El presente artículo contribuye entonces tanto al campo de los estudios poscoloniales como a los de ecocrítica urbana y literaturas africanas, centrándose en una obra relativamente poco analizada y en problemáticas sumamente relevantes para la Nigeria contemporánea. (shrink)

This article examines the implications of traditional philosophical language inherited from Portuguese colonization in Brazil, still prevalent in academia and secondary education. Through a critical reading of Brazil's early colonial history, we analyze the aspects of this perspective shaping philosophical tradition. Friedrich Nietzsche's antidogmatic thought and Martin Heidegger's concept of calculative thinking inform our critique. Inspired by Paulo Freire's "Pedagogy of the Oppressed," our study explores students' everyday language, aiming to develop an alternative philosophical language rooted in social reality.

Este artigo discute como os clipes Mandume, Boa Esperança e Eminência Parda do rapper de Emicida, realizam um retorno à ferida colonial e apontam opacidades históricas, opressões e exclusões daí derivadas, como forma de conduzir a uma releitura afetiva e resistente do/no tempo e instigar ações estéticas de re-existência. Para isso, realizamos uma análise audioverbovisual dos clipes procurando observar a construção desse discurso a partir de três categorias analíticas: retorno memorialístico, corporalidade desumanizada e vida livre da violência e da (...) morte. (shrink)

Much more than their machinic reality, current iterations of AI rely on imagined divisions of human and non-human properties and skills that have genealogical ties to colonization. For this reason, research efforts have recently been made to historicize these imaginaries, connecting them to colonial ideals that delegate black and brown colonized people into the realm of the non-human. Atanasoski and Vora (Surrogate humanity. Race, robots and the politics of technological futures, Duke, Durham and London, 2019) have called this a (...) “surrogate humanity”, where narratives of autonomous technologies function to disappear precisely the formerly colonized peoples that are enveloped in its production process. At the same time, the gendered and racialized roots of this maternal figure represents an opportunity to uncover and critique the invisibilization of embodied resources necessary to produce AI, precarious bodies labouring to produce algorithmic infrastructures in a manner that can be considered in a genealogy of carework and reproduction. These genealogies complicate the detachment suggested by the surrogate figure and go beyond it to proclaim a more generative function of the relationship between the black maternal figure and AI. The article analyses Tabita Rezaire’s multi-media artwork Sugar Walls Teardom to think through decolonial and queer renderings of the black female bodies upon which technological imaginaries rest, to extend beyond AI surrogacy and towards notions of kinship, care and world-making by producing an AI aesthetics that is relational, embodied, and celebratory of other ways of liveness. (shrink)

This essay analyses the Historical Evolution of Hong Kong, from the colonial period to the return to China sovereignty in 1997, according to the political philosophy of Socialism with Chinese Characteristics, and the principle “one country, two systems”, which means that Hong Kong is part of China and enjoys a high degree of autonomy, except in foreign and defence policy, as stipulated by the Basic Law of The Hong Kong Administrative Region of the People’s Republic of China. The political (...) system implemented in HKSAR corresponds to the matrix of the People’s Republic of China, but its economic base and legal system remained untouched in essence; an extreme model of liberal capitalism, deregulated and functioning on the margins of international law, with deep social inequalities, millions of new poor (workers and students in a situation of necessity) and a serious problem of access to housing. This essay analyses the political nature of the conflict around the extraction laws, distinguishing internal causes, and external interferences. At least, this essay analyses the system of political representation of HKSAR, the government program to overcome crisis and the new legislation after crisis. Keywords: history, one country, two systems, paradox, HKSAR, fallacies. (shrink)

I discuss, from a phenomenological point of view, the distinction between judgments and norms. I stress the limits of the husserlian canonical analysis in order to rightly account for the sense and content of normative intentionality. Based on some Kelsian insights, I draw a clear distinction between judgments and norms, criticizing some classical trends coming from Husserl himself that consider norms as a kind of intentionality founded upon objectifying acts. However, taking distance from Kelsen, Kaufmann, and Cossio, I stress that (...) the ought-proposition (Sollsatz) cannot be a good rendering of the sense-content of norms, based on the phenomenological distinction between the intentional matter and the quality of intentional acts. Finally, I propose my own account based on the concept of ‘ductive force’. I stress that the ductive force of norms cannot be identified witb simple coercion. [ show that there is, even inside the juridical sphere, a variety of ductive forces, going from sheer coercion to council and recommendation. To end, I stress the centrality of the concept of “ductive force” for a phenomenology of the social world. (shrink)

Quilombo designa uma herança cultural e material tendo como referência presencial o sentimento de pertencimento a um lugar e à formação de um novo grupo social, pois não são definidos somente como espaço de resistência guerreira, mas também como representantes de recursos radicais de sobrevivência em grupo. No entanto, há uma desqualificação histórica que tem estigmatizado as comunidades quilombolas, o que contribui para as dificuldades de acesso a bens e serviços, gerando desigualdades, propulsoras de adoecimento que persistem até os dias (...) atuais, constituindo-se como condicionantes da saúde. Ao se considerar que a saúde representa um dos direitos básicos dos direitos humanos, um direito indissociável ao direito à vida, esta reflexão tem por objetivo apresentar e problematizar o papel do Estado Brasileiro na garantia da promoção da saúde da população quilombola, no que se refere mais diretamente às políticas públicas no âmbito da saúde. Para tanto, este trabalho é dividido em 4 parte: (i) buscou-se problematizar a importância da revisão histórica do conceito colonial sobre quilombo com efeitos político-jurídicos-sociais para o acesso à saúde pelas comunidades quilombolas; (ii) na segunda parte são apresentadas algumas noções de saúde ligadas as comunidades quilombolas; (iii) na terceira parte são apresentadas as ações do Movimento Negro Brasileiro na mobilização pelos direitos à saúde dos povos quilombolas; e (iv) são apresentadas as políticas públicas implementadas. (shrink)

Salvador, antiga capital colonial e contemporaneamente terceira maior metrópole brasileira, é a mais emblemática cidade do processo histórico brasileiro por sua densidade demográfica e cultural negras. Neste artigo fazemos uma análise teórica e empírica sobre as desigualdades socioeconômicas, sociorraciais por cor/raça e sexo para compreender as relações raciais e de gênero nos espaços concretos e simbólicos que marcaram nossa forma de organização do espaço. Os dados estatísticos e cartográficos foram baseados no Censo do IBGE 2000 e analisados socioespacialmente. Na (...) pesquisa qualitativa, utilizamos entrevistas com diversos sujeitos sociais da cidade para analisar a percepção das pessoas sobre a dinâmica social-urbana, sobre racismo, sexismo, discriminação, etc. Assim, articulamos classe, gênero, raça e espaço como categorias centrais de análise nas suas interseccionalidades para compreender como o sexismo, racismo e classismo, ao hierarquizar os indivíduos segundo atributos físicos em superiores e inferiores, são determinantes na formação sócio-histórica no Brasil. Busca-se compreender esses fenômenos como estruturantes das desigualdades socioeconômicas e sociorraciais e culturais como se expressam no espaço urbano, particularmente as territorialidades negras e femininas e seus múltiplos significados, para pensar os processos coletivos, os processos libertários, o Direito à Cidade nas perspectivas feminista, anti-racista e anti-classista. (shrink)

The aim of this article is to show my research in the Graduation Program in Comparative History from Federal University of Rio de Janeiro whose essential set of problems is the analysis of the making of imperial landscape into the city of Augusta Emerita as a roman imperial domain’s representation.

Resumo: Ainda que predomine uma visão tecnicista e antifilosófica do ensino de Filosofia no Brasil, os problemas do chão da escola insistem em desafiar o cotidiano escolar de docentes e estudantes. Nesse artigo, temos como objetivo mostrar a importância de um ensino de Filosofia filosófico e que esteja atento aos problemas da realidade escolar e brasileira para a descolonização dos conhecimentos, mas também para o enfrentamento das exclusões e opressões tão presentes no Brasil. Primeiramente apontaremos aspectos de colonialidade na formação (...) e no ensino de Filosofia hegemônico no que diz respeito aos currículos, metodologias, conceitos e problemas. Em um segundo momento, a partir de nossas experiências como docentes da Educação Básica pública, discutiremos vivências nesses espaços que nos forneçam um olhar sobre possíveis problemas filosóficos que envolvam nosso território, tais como o racismo, a misoginia, a fome, entre outros. Por fim, apresentaremos alguns desafios para um ensino de Filosofia conectado ao território. A proposta que defenderemos consiste em conceber os problemas que surgem no chão da escola como os temas a serem tratados na disciplina de Filosofia, promovendo um ensino filosófico e sensível às demandas e sujeitos locais. Palavras-chave: Ensino de Filosofia; Descolonização; Território; Problemas Filosóficos The relationship between the teaching of philosophy and problems on the school floor as a form of decolonization Abstract: Even though a technicalist and anti-philosophical view of Philosophy teaching in Brazil predominates, problems on the school floor insist on challenging the daily school life of teachers and students. In this article, we aim to show the importance of philosophical Philosophy teaching that is attentive to the problems of the school and Brazilian reality for the decolonization of knowledge, but also for confronting the exclusions and oppressions that are so present in Brazil. Firstly, we will point out aspects of coloniality in the formation and teaching of hegemonic Philosophy with regard to curricula, methodologies, concepts and problems. In a second moment, based on our experiences as public Basic Education teachers, we will discuss experiences in these spaces that provide us with an insight into possible philosophical problems involving our territory, such as racism, misogyny, hunger, among others. Finally, we will present some challenges for teaching Philosophy connected to the territory. The proposal we will defend consists of conceiving the problems that arise on the school floor as themes to be addressed in the Philosophy discipline, promoting philosophical teaching that is sensitive to local demands and people. Keywords: Teaching Philosophy; Decolonization; Territory; Philosophical Problems La relación entre la enseñanza de la filosofía y los problemas desde el piso de la escuela como forma de descolonización Resumen: Aunque predomina una visión tecnicista y antifilosófica de la enseñanza de la Filosofía en Brasil, los problemas desde el piso de la escuela insisten en desafiar la vida escolar diaria de profesores y estudiantes. En este artículo, pretendemos mostrar la importancia de una enseñanza de la Filosofía atenta a los problemas de la escuela y de la realidad brasileña para la descolonización del conocimiento, pero también para enfrentar las exclusiones y opresiones tan presentes en Brasil. En primer lugar, señalaremos aspectos de la colonialidad en la formación y enseñanza de la Filosofía hegemónica en lo que respecta a planes de estudio, metodologías, conceptos y problemas. En un segundo momento, a partir de nuestras experiencias como docentes de Educación Básica pública, discutiremos experiencias en estos espacios que nos permitan vislumbrar posibles problemáticas filosóficas que involucran nuestro territorio, como el racismo, la misoginia, el hambre, entre otras. Finalmente, presentaremos algunos desafíos para la enseñanza de la Filosofía conectada al territorio. La propuesta que defenderemos consiste en concebir los problemas que surgen en el ámbito escolar como temas a abordar en la disciplina Filosofía, promoviendo una enseñanza filosófica sensible a las demandas y personas locales. Palabras clave: Ensino de Filosofia; Descolonização; Território; Problemas Filosóficos Data de registro: 30/07/2024 Data de aceite: 25/09/2024. (shrink)

Mesmo diante do violento processo de desterritorialização vivido pelas inúmeras comunidades africanas no contexto da dominação colonial europeia, práticas e saberes ancestrais foram ressignificados e reelaborados de forma a impregnar o tecido social das culturas negras das Américas. Nesta perspectiva, este artigo insere-se em um conjunto de reflexões que visam exaltar a importância da preservação de memórias afrodiaspóricas no Brasil. Para tanto, particulariza-se um território negro no município de São Paulo, o bairro da Casa Verde na zona norte da (...) cidade. Com base na História oral e na pesquisa de campo, o objetivo central da presente pesquisa é sugerir possíveis traduções acerca da presença e permanência de ancestralidades negro-africanas na urbe paulistana a partir das narrativas compartilhadas e dos trabalhos de memória de Lucinda de Oliveira Marcelino. A colaboradora/narradora é filha de uma das fundadoras da Irmandade de São Benedito da Casa Verde, inaugurada em 1941. O acesso às memórias reconstruídas de Dona Lucinda permitem sinalizar a presença de práticas ancestrais marcadas por cosmovisões herdadas e protagonizadas por mulheres. Tais concepções constroem identidades afirmadas que singularizam as experiências negras na metrópole, expressando valores civilizacionais e extraocidentais comunitários fundamentais à humanidade. Palavras-chave: Casa Verde; Protagonismos femininos; Irmandades negras; Práticas ancestrais; Territórios afrodiaspóricos. (shrink)

Zaratustra e o fracasso pedagógico 1 Resumo: O presente texto toma o Prólogo da obra Assim Falou Zaratustra, precisamente, aquilo que se pode chamar de fracasso pedagógico. O argumento é que Zaratustra não fracassa ao dialogar com o povo na praça do mercado, mas faz desse encontro o seu primeiro ato fundamental de formação e aprendizado. Palavras-chave: Zaratustra; Formação; Fracasso Pedagógico. Zaratustra y el fracaso pegagogico 1 Resumen: El presente texto toma el prólogo de la obra Así habló Zaratustra, precisamente, (...) lo que podría llamarse el fracaso pedagogico. El argumento es que Zaratustra no fracasa deja de diálogo con las personas en la plaza del mercado, pero este encuentro su primer acto fundamental de la formación y el aprendizaje. Palabras clave: Zaratustra; Formación; El fracaso pedagógico. Zarathustra and the pedagogical failure 1: The following text takes the prologue of Thus Spoke Zarathustra, precisely, that which may be called a pedagogical failure. The argument herein is that Zarathustra does not fail when he dialogues with people in the market square; instead he turns this encounter into his first fundamental act of formation and learning. Keywords : Zarathustra; Formation; Pedagogical Failure Data de registro: 30/01/2020 Data de aceite: 27/05/2020 [1] 'Pedagógico é relativo à pedagogia, que tem como etimologia gr. Paidagõgía, direção ou educação da criança. Do lat. Paedagõga, lei que serve de guia'. Contudo, gostaria de enfatizar que o termo "pedagógico" não será entendido neste trabalho como um conjunto de métodos, de direção, de técnicas de ensino e de condução. A sua utilização demanda, neste estudo, sentidos de criação, tornar-se, superar-se, ou seja, constituir-se. Dessa maneira, inspira uma perspectiva formativa. É assim que este termo pode ser lido neste texto, ou seja, toma uma leitura diferenciada do que seja a sua própria etimologia. (shrink)

O Correio Interceptado, que se compõe de 63 Cartas, fornece ao longo dos seus textos exemplos vários sobre o modo de estar em política. Aí são examinados com crítica espirituosa e intransigente diversos actos do poder político em exercício e tratam-se muitos assuntos de interesse para a história contemporânea. O modelo do periodismo da emigração londrina abriu a via, o arquétipo está agora instalado e projecta-se na produção dos periódicos deste período. Da autoria de José Ferreira Borges, emigrado em Londres, (...) ao mesmo tempo que outros, como Simões Margiochi e Ferreira de Moura, estas Cartas merecem, no campo da crítica da política e no quadro do novo paradigma comunicacional, a maior atenção. (shrink)

A pesquisa revela a grande influencia dos beneditinos no Brasil e na São Paulo colonial. São revelados diversos aspectos da historia da Ordem de São Bento e suas particularidades no período retratado: São Paulo colonial.

The reflection proposed in this article aims to briefly consider philosophy and literature on the saga of Genoveva Pia in the early morning cadence of the drums of São Luís (1975), a novel by the great poet from Maranhão, Josué Montello (1917-2006), in which a narrative is made between fiction and the reality of the Brazilian colonial slave period on the historical soil of São Luís, Ma. To this end, the text is divided into two parts: firstly, it looks (...) at the dialectic between history as representative and memory as an actualizable, individual and collective phenomenon that takes shape between spaces, events, memories and forgetfulness and, secondly, it highlights the importance of the saga of the black woman Genoveva Pia, from persistence to resistance in welcoming, protecting and freeing the black men and women, recalling the ancestry of the freed black man Damião, the novel’s central character and narrator. (shrink)

La división de las causas en el De principiis naturae 5 de Tomás de Aquino establece de cuántas maneras pueden distinguirse las cuatro clásicas causas aristotélicas. El texto presenta varias dificultades y las principales son la determinación del número de las divisiones y la no necesaria contemporaneidad del ser en potencia de una causa y de su causado. Nuestro objetivo es resolverlas a través de un análisis pormenorizado del texto latino, que resulta en un comentario completo al capítulo, lo cual (...) es un aporte secundario. A través de este análisis resolvemos las dificultades principales. Primero, al descubrir una distinción tácita entre divisiones de causas en cuanto consideradas en sí mismas y en cuanto conocidas y verbalizadas por los seres humanos, el número de las divisiones es finalmente siete (cuatro fundadas en el ser y tres en el modo de conocer). Esta distinción tiene un signo lingüístico en las expresiones ‘item’ y ‘sciendum est quod’. Segundo, la eventual no contemporaneidad entre los estados potenciales de una causa y su causado se puede justificar respetando la predicación singular, al considerar que un arquitecto, una vez construida una casa, está en potencia de reconstruirla, si ésta perdiera las causas internas de su integridad. (shrink)

This essay aims to reflect on the impacts of state violence upon black lives and childhoods. In the wanderings through the city of Rio de Janeiro and in the theoretical trails proposed by antiracist and decolonial thinkers, we discuss the impacts and challenges of racism in the formative and existential itineraries of racialized bodies, crossed by the public necropolitics that provides the premises of the pedagogical government of peripheral childhoods and adolescences in large Brazilian cities. From the bumping into M., (...) 11 years old, who sells chewing gum in the surroundings of a train station in Rio de Janeiro, we problematize the vulnerabilities produced and the systematic violations of the black children’s human rights, which hinder racial justice in the country, in face of the permanent conversion of differences into inferiorized inequalities. The violence of this injustice, according to the argument developed in the text, culminates in the reinforcement of the vilification and naturalization of racial inequalities against populations historically inferiorized by the colonial wrath. It also points to the need to think about black childhoods from the territory, in order to problematize inequities and disparities that persist. We conclude, finally, that the capture and nullification of black childhoods is a State project, guided by criminalizing and stereotyping practices of subjectivation which brutalize bodies and dehumanize black lives. (shrink)

BORGES, Angela Cristina. Tambores do sertão, diferença colonial e interculturalidade: entreliçamento entre Umbanda/Quimbanda e Candomblé Angola no Norte de Minas Gerais. 2016. Tese - Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

O presente artigo relata a experiência vivenciada por estudantes de graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Feira de Santana durante uma viagem de campo às cidades de Cachoeira e São Félix, na Bahia, promovida pelo componente curricular Relações Étnico-raciais na Escola. Por meio da observação sensível, os estudantes registraram a realidade dessas cidades no formato de fotografias e discursos. Durante a viagem, foi possível constatar a predominância de uma população negra, cujas vidas diárias estão intimamente ligadas (...) a uma diversidade de religiões que, embora sejam percebidas como antagônicas no imaginário popular, coexistem de forma harmoniosa na realidade local. Além disso, observou-se um forte vínculo com figuras históricas relacionadas, ou não, à independência da Bahia e do Brasil, bem como à herança do período colonial. A partir dessas observações, teceu-se reflexões acerca das observações realizadas, apresentando dados relevantes sobre a história, estrutura, religião, cultura, entre outros aspectos das cidades. O trabalho contribuiu para ampliar a compreensão e estabelecer relações entre a experiência vivenciada e a formação decolonial de futuros professores de Ciências e Biologia, com o objetivo de promover um ensino descolonizado das Ciências da Natureza. (shrink)

O objetivo deste ensaio é analisar as condições de possibilidade da escravidão e da violência antinegra, assim como da produção de significações raciais – do ser-negro – e das fantasias coloniais. Para isso, buscarei, majoritariamente, recursos conceituais na obra de Achille Mbembe, com auxílio de alguns conceitos de Jacques Rancière, de forma a tratar o que chamo de _partilha colonial do sensível_, analisando a relação entre a raça enquanto construção imaginária, significações raciais e a organização social da percepção e (...) da sensibilidade que herdamos do colonialismo europeu. Assim, pretendo elaborar o sentido da ausência de enlutabilidade – nos termos de Judith Butler – e de crises éticas – nos termos de Denise Ferreira da Silva – na esteira da violência racial desde o tempo da escravidão, mostrando, também, como o tempo da liberdade não se constitui como ruptura profunda, pois não interditou a reorganização da linguagem e da imaginação sobre um mesmo fundo de negatividade inaugurado com o exercício soberano do poder colonial como um poder de não-ver e não-ouvir a humanidade negra. (shrink)

This article investigates the contribution made by indigenous employees to the work of the Hong Kong Observatory from its inception and into the early twentieth century. As has so often been the case in Western histories of science, the significance of indigenous workers and of women in the Hong Kong Observatory has been obscured by the stories of the government officials and observatory director(s). Yet without the employees, the service could not have functioned or grown. While the glimpses of their (...) work and lives are fleeting, often only revealed in minor archival references, this article seeks to interrogate these sources to make these workers’ lives visible and to offer an examination of everyday working relationships at this place and point in time. It focuses on three areas. First, an exploration of who these workers were, and the role they played at the observatory. Second, an investigation of their contribution to the nascent science of meteorology. Third, an examination of available evidence – levels of high staff turnover, complaints, instances of foot dragging, or working to rule, as well as the tenacity to continue for years under difficult working conditions – to demonstrate the ability of workers to reject or to negotiate with colonial/patriarchal authority. In profiling their stories, this article will add to the literature examining the lives of scientific workers and their contributions to science, the everyday cultural and social contexts of colonial meteorology, and the role of ordinary men and women in producing meteorological knowledge at this time. (shrink)

Este artigo suscita uma reflexão sobre a condição que muitas mulheres negras ainda vivem na sociedade brasileira. Nesta breve análise examinamos as memórias coletivas dos grupos dominantes e dominados desde o contexto da escravidão brasileira até a sociedade atual tomando como base a teoria da memória de Maurice Halbwachs e Michael Pollak, recorremos também aos estudos de algumas feministas negras, a exemplo de Grada Kilomba, Bell Hooks, Sueli Carneiro e Chimamanda Adichie e também da feminista Heleieth Saffioti, que abordam o (...) viés da interseccionalidade e escancara as desigualdades, opressões e violências enfrentadas pelas mulheres negras. Assim, a partir de uma análise qualitativa, podemos afirmar que: i) a memória coletiva de grupos da elite branca é memória oficial e reflete o modelo de relações raciais do Brasil; ii) a memória e o esquecimento marcam a trajetória do povo negro; iii) o projeto colonial se apresenta com novas roupagens do racismo. (shrink)

En este estudio, que intenta analizar la relación que Unamuno mantuvo con las pedagogías vigentes en España a finales del siglo XIX y principios del XX, procuraremos determinar los aspectos que han alejado al insigne rector salmantino de los métodos pedagógicos de los jesuitas (emulación), de la escolástica (retórica) y de las Escuelas del Avemaría (juego), que, como es bien sabido, han estructurado la enseñanza en España durante el susodicho período. Pero, más allá de su enfoque histórico, este estudio permitirá (...) también la comprensión filosófica de lo que es la educación, y la tarea de educar, que, según su peculiar visión pedagógica, debe estructurarse bajo un horizonte espiritual, donde profesor y alumno se han de concebir como padre e hijo en espíritu. Unamuno, al definir de este modo los agentes del acto educativo, terminó por determinar la formación ético normativa de la persona como telos pedagógico por excelencia de la escuela. No nos extraña, pues, que don Miguel se haya alejado del ideal educativo alemán (Fachmann), el del doctor especialista, a favor del ideal educativo inglés (Gentleman), que ha aceptado sin reservas como eje filosófico de su pensamiento educativo. (shrink)

Neste trabalho, argumentamos ser a proposta historiográfica de Ubiratan D’Ambrosio (1932-2021), presente em seu Programa Etnomatemática, capaz de nos apoiar nos processos de valorização da historicidade e da diversidade cultural brasileiras. Partindo de uma pesquisa teórica, de abordagem qualitativa e bibliográfica, utilizamos alguns aspectos da perspectiva de D’Ambrosio para fazer o estudo de um episódio histórico do século XVII, baseado na tradução de um livro publicado em 1614 por um missionário francês, que participou do projeto de colonização do Brasil no (...) que ficou conhecido como França Equinocial. Nesse sentido, ao final, apresentamos uma discussão de três trechos dessa tradução que evidenciam conhecimentos astronômicos de um grupo Tupinambá que vivia no Maranhão nessa época. Com isso, buscamos oferecer subsídios para que docentes de Ciências e Física implementem propostas na Educação Básica na perspectiva das Histórias das Ciências especializadas, buscando evitar estereótipos e abordagens ingênuas, de modo a ir ao encontro, por exemplo, da Lei 11.645/2008, a qual exige a inclusão de estudos sobre história e cultura afro-brasileira e indígena em todo o currículo escolar do Brasil. (shrink)

Abstract:Part sociological analysis of race and class in colonial Trinidad, part autobiographical Bildungsroman, Beyond a Boundary is the cricketing memoir of Trinidadian intellectual and anticolonial activist C. L. R. James (1901–1989). We argue that it offers a good site for thinking through the position of the racially minoritized intellectual entangled in neocolonial logics of cultural hierarchy and identification. We examine James' use of ironic narrative voice to instrumentalize the colonial values encoded in the "Spirit of Cricket." Beyond a (...) Boundary therefore re-imagines the scope of knowledge-making, be it in cricket, art, or indeed Classics, beyond traditionally naturalized hierarchies of race and class. (shrink)

El profesor Patiño logra en este libro dos objetivos claves para el estudioso de la Filosofía del Lenguaje y la comunicación: por un lado, sintetiza temáticamente los principales aportes que se han hecho para que surja y se consolide la Filosofía del Lenguaje y su estudio sistemático sobre los actos de habla o actos de lenguaje que intervienen en la comunicación; y por otro lado, de una manera crítica, actualiza los temas y problemas que se han discutido en diferentes campos (...) relacionados con el tema. (shrink)

The article takes as a point of departure Brentano`s intentionalist theory and its problematic distinction between intentional and transcendent object, in order to present the way in which Twardowski reformulates these concepts by means of a differentiation between the content and the object of representations: on the one hand, the ‘content’ is the way of givenness of an object and fulfils an intermediary function between the act and its objective correlate; on the other hand, the ‘object’ is the necessary transcendent (...) correlate of every representation, even of those, whose objects do not exist. In this context, it is the dimension of judgment that solves the problem of nonexistent objects. The final aim is to show how Twardowski presents an articulated theory that integrates an intentionalist theory of acts with a theory of objects and a philosophical semantics of sense. (shrink)

E. O. Wilson (1974: 54) describes the problem that social organisms pose: “On what bases do we distinguish the extremely modified members of an invertebrate colony from the organs of a metazoan animal?” This framing of the issue has inspired many to look more closely at how groups of organisms form and behave as emergent individuals. The possible existence of “superorganisms” test our best intuitions about what can count and act as genuine biological individuals and how we should study them. (...) As we will discuss, colonies of certain organisms display many of the properties that we usually reserve only to individual organisms. Although there is good reason to believe that many social insects form genuine emergent biological individuals, the conclusion offered here is of a slightly different sort. I will argue that to understand some social insects' interactions and the emergent traits they give rise to, it may be helpful to shift our understanding from a community-level approach to an ecosystem-level approach. I will argue that viewing certain insect colonies (termites) as parts of ecosystems allows us to better understand some of the adaptations that have emerged from their evolution. (shrink)

Tanto las últimas investigaciones realizadas en la realidad del liceo popular, como los últimos sucesos protagonizados por los estudiantes de nuestro país, develan la existencia de dos mundos que circulan separados dentro de un mismo espacio, la escuela: el mundo de los adultos y el mundo de los estudiantes. Se propone en la presente reflexión la creación de un círculo de comprensión, cuyo eje de sentido sea la confianza mutua entre jóvenes y adultos, confianza que es necesario construir a través (...) del lenguaje de la escucha. Es el propio sujeto, quien narrándose, se escucha, y escuchándose se comprende a sí mismo conectándose con el sentido de su vida escolar. (shrink)

In this piece, we ask, what are the risks of a pedagogy and politics that begins and ends with privilege? What does it mean to declare privilege when embedded in institutions of the settler colonial state? These questions are raised through an ongoing project where we interview provincial public sector workers on Treaty 6, 7 and 8 and Coast Salish Territories about their implications in settler colonialism through public sector work. In the project, we articulate the interdisciplinary framework of (...) settler colonial socialization to consider the space between individuals and structures – the meso-space where settlers are made by learning how to take up the work of settler colonialism. For these reasons, in our research we ask, “what do the pedagogical processes of settler colonial socialization tell us about how systemic colonial violence is sustained, and how it might be disrupted or refused in public sector work?” In this paper, we narrow our focus to the declarations of privilege that many of our interview participants are making. We reflect on these declarations and consider whether focusing on settler complicity and Indigenous refusals can better support a decolonial politics for settlers working in the public sector. We argue that declarations of privilege risk reproducing settler-centric logics that maintain settler colonialism, settler jurisdiction, and settler certainty, and we reflect on how to orient participants towards the material realization of relational accountability and towards imagining otherwise. (shrink)

How can we rethink anthropology beyond itself? In this book, twenty-one artists, anthropologists, and curators grapple with how anthropology has been formulated, thought, and practised 'elsewhere' and 'otherwise'. They do so by unfolding ethnographic case studies from Belgium, France, Germany, Italy, the Netherlands, and Poland - and through conversations that expand these geographies and genealogies of contemporary exhibition making. This collection considers where and how anthropology is troubled, mobilised, and rendered meaningful. 'Across Anthropology' charts new ground by analysing the convergences (...) of museums, curatorial practice, and Europe's reckoning with its colonial legacies. Situated amid resurgent debates on nationalism and identity politics, this book addresses scholars and practitioners in fields spanning the arts, social sciences, humanities, and curatorial studies."--Page 4 of cover. (shrink)

O documento aqui transcrito é uma memória descritiva das povoações da antiga capitania de Porto Seguro. Depositado no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, o documento foi escrito pelo ouvidor interino João de Almeida Freire e é datado de 1817. Dentre as inúmeras informações contidas no manuscrito, destacam-se as narrativas, as imagens e as memórias formuladas sobre a presença e participação dos povos indígenas na história do atual extremo sul da Bahia.

In this chapter, we take stock of existing critiques of contemporary migration research and bring these debates into contact with ongoing debates among decolonial scholars and in feminist social epistemology. We illustrate how the ethical and epistemic concerns voiced by migration scholars in regard to the socio-epistemic functioning of their field can be understood using the conceptual apparatus that has been developed around the notions of epistemic injustice and oppression. In so doing, we illustrate the relevance and usefulness of both (...) feminist social epistemology and of decolonial theory for theorising the socio-epistemic challenges that migration scholars face. The conceptual framework of epistemic injustice and oppression not only offers clarity in what is at stake within migration studies both ethically and epistemically, but also elucidates moral and epistemic reasons for why these issues should be addressed. This framework both calls attention to issues of undue epistemic marginalisation, and centres these issues as a core concern as migration scholars critically reflect upon the knowledge production and dissemination practices of their field. Understanding the processes through which this happens, rather than just the epistemic outcomes, can help us to identify ways to address the structural inequalities with which the production of migration knowledge is often associated. (shrink)

The special issue Doing Memory, Doing Identity: Politics of the Everyday in Contemporary Global Communities draws on anthropological theory, performance studies, feminism, post-colonial studies and other theoretical traditions for an insightful examination of the everyday practices of doing memory. A series of ethnographies and qualitative studies from locations as diverse as Italy, Norway, Greece, France, Brazil and China complement profound theoretical analyses to investigate the multiple links between individual and collective pasts, futures and identities, especially focusing on emotions, embodiment, (...) the senses, difference and power relations. Taking a critical stance in regard to current social-scientific and socio-political debates, this special issue reflects on the political and ethical aspects of day-to-day memory practices and examines issues related to identity, imagination and otherness. (shrink)

Euro-American misrepresentations of the non-West in general, and in particular on Hinduism and ancient India, run deep and have far greater colonial connections than that have been exposed in academia. This book analyzes the psycho-social consequences that Indian American children face after they are exposed to the school textbook discourse on Hinduism and ancient India. The authors show that there is an intimate connection—an almost exact correspondence—between James Mill’s colonial-racist discourse and the current school-textbook discourse. The very parameters (...) and coordinates on which James Mill constructed the discourse are the ones that are being used to describe Hinduism, Hindus, and ancient India in the textbooks currently. Consequently, this archaic and racist discourse, camouflaged under the cover of political correctness, produces in the Indian American children a psychological impact quite similar to what racism is known to produce: shame, inferiority, embarrassment, identity confusion, assimilation, and a phenomenon similar to racelessness where the children dissociate from the tradition and culture of their ancestors. This book argues that the current school textbook discourse on Hinduism and India needs to change so that the Indian American children do not become victims of overt and covert racism. For the change to occur, the first step is to recognize the overarching and pervasive influence of the colonial-racist discourse of James Mill on the textbooks. For the reconstruction of the discourse to take place, the first step is to engage in a through deconstruction, which is what the book attempts. (shrink)

Xavier Zubiri (1898-1983) y Leonardo Polo (1926-) son partidarios del realismo gnoseológico. Ambos reflexionan sobre lo que es propio del acto cognoscitivo, en cuanto acto cognoscitivo. Zubiri afirma que conocer es actualización de realidad, pues en el conocer está presente la actualidad de la realidad, no de modo intencional, está como realidad en su estricto de suyo. La superación del objeto se da por la riqueza en que queda la realidad actualizada, en su contenido y su formalidad. Para (...) Polo, lo propio del acto cognoscitivo es ser operación, praxis perfecta o inmanente, co-actualidad de acto y objeto; pero la presencia propia del objeto manifiesta su límite desde el conocimiento habitual. (shrink)

There is lively debate on the question if states have legitimate authority to enforce the exclusion of (would-be) immigrants. Against common belief, I argue that even non- cosmopolitan liberals have strong reason to be sceptical of much contemporary border authority. To do so, I first establish that for liberals, broadly defined, a state can only hold legitimate authority over persons whose moral equality it is not engaged in undermining. I then reconstruct empirical cases from the sphere of international relations in (...) which what I call ‘colonial norms’ continue to play significant structuring roles. I argue that it is sometimes only by unveiling these colonial norms and the roles they play that we can understand how some states today culpably contribute to undermining the moral equality of persons over whom they will come to claim immigration-related authority. I thus contend that paying attention to colonial norms distinctly enables us to reveal a set of instances in which all liberals should agree that states forfeit legitimate authority over would-be immigrants. (shrink)

El trabajo procura mostrar que la propuesta de Herveo sobre la naturaleza de las intentiones puede entenderse como una revisión y corrección de los planteos de Radulfo Brito. En el De secundis intentionibus de Herveo de Natal, el modista Radulfo Brito aparece aludido en la presentación de una de las opiniones que identifica la intentio con el acto intelectual (d. 1, q. 2). Conforme a esta doctrina, la cosa real que es objeto de conocimiento es denominada intentio precisamente a (...) partir del acto intelectual. La fortaleza de esta doctrina radica en que parece que efectivamente el acto intelectual es requerido para que una cosa sea intentio, esto es, el término de la tendencia con la cual el intelecto tiende hacia (in-tendit) su objeto. En efecto, parece que, si no hay acto intelectual, mal puede hablarse de dicha tendencia. Herveo considera inaceptable que la intentio, ya se trate de la primera o de la segunda, sea identificada con el acto intelectual, pues este es una entidad real con un esse subiectivum, que cae dentro de alguna de las diez categorías aristotélicas. Sin embargo, Herveo recoge la distinción de Radulfo entre intentio in concreto e intentio in abstracto y la reformula a su modo. La intentio in abstracto o intentionalitas es la relación de razón de la cosa conocida con el intelecto. La distinción entre intentiones primeras no se explica, como en Radulfo, como basada respectivamente en un conocimiento intrínseco y otro respectivo o relacional. Más bien se debe a una distinción entre dos "órdenes de inteligibles": lo que pertenece a las cosas en sí mismas, apartando la acción del intelecto, y lo que les pertenece como consecuencia de estar objetivamente en el intelecto. Sin embargo, Herveo retendrá a su modo la distinción de Radulfo, al considerar aquellas intenciones segundas que significan de modo relacional. (shrink)

El presente artículo analiza dos concepciones de la libertad, la que tiene su origen en el realismo aristotélico-tomista, y la que surge a partir de planteamientos nominalistas. Para Tomás de Aquino la naturaleza no procede al modo del arte, que proporciona reglas concretas para el comportamiento, sino que únicamente nos da algo así como unos primeros principios; resulta un ser humano ante todo responsable, porque ha de dar razón de lo que hace en vistas a su fin último. Los nominalistas, (...) en cambio, no vieron a la libertad como la potencia o fuerza del acto de existir, que es distinta según cada ser, que nos empuja tras los fines que natural o culturalmente se sitúan ante cada uno. (shrink)

Resumen: Spinoza afirma que las decisiones, elecciones y acciones de un agente son necesarias porque están determinadas causalmente. ¿Acaso los seres humanos no son agentes morales? ¿son sólo eslabones de una cadena de causas cuyo curso no pueden controlar y que los exime de las consecuencias de sus actos, así como de premios y castigos? ¿ser un individuo libre significa aceptar pasivamente lo que ocurre y abandonar la pretensión de modificarlo? Este artículo responde a estas preguntas mediante la distinción en (...) la obra spinoziana de dos conceptos de libertad, la verdadera libertad y el libre albedrío, así como con la distinción entre la responsabilidad civil fundada en el concepto de potestas humana -y no en la verdadera libertad, aunque la posibilita-.: Spinoza sustains that the agents' decisions are necessary because they are causally determined. But then, are humans really moral agents? Is it possible that they are only passengers in a train of causes, whose course they cannot control and exempts them from the consequences of their acts, of reward or punishment? Is accepting whatever happens and quitting the aspiration of changing things the hallmark of the free man? This paper answers these questions by distinguishing two concepts of freedom, real freedom and free will, as well as two concepts of responsibility. Civil responsibility is grounded in free will, whereas moral responsibility is not grounded in true freedom, but in human power. (shrink)