Abstract
Abordando a formação da consciência moderna, este artigo considera a Querela dos Antigos e dos Modernos a partir de duas noções estéticas fundamentais: a imitatio e a aemulatio.O modo como progressivamente se faz o elogio da emulação face à simples imitação corresponde à ultrapassagem do pólo antigo pelo pólo moderno. Enquanto o imitador deseja reproduzir a exactidão do modelo, o emulador esforça-se por dizer melhor. A emulação, proposta pelos Modernos, mostra-se sempre relativizadora e perturbada em relação aos antigos, inquieta por se lhes sobrepor.