O objetivo deste artigo é discutir três problemas centrais na filosofia de David Hume. O primeiro é o do papel da associação de idéias: no Tratado há dois conceitos distintos dessa associação, falha corrigida na primeira Investigação, em que é eliminado o conceito de “associação costumeira” e não se atribui à associação qualquer papel na formação de inferências causais. O segundo diz respeito ao verdadeiro papel da indução. A filosofia humeana trata da descoberta dos poderes causais dos (...) objetos, sem nunca se ocupar de generalizações acerca de qualidades sensíveis. Hume descobriu o problema da “indução causal”, mas apenas como conseqüência de sua análise da inferência causal. O último de nossos problemas é o do exato conceito humeano daquele instinto que ele chama de “costume ou hábito”. O princípio de Hume mostra ser apenas uma sensibilidade à repetição de conjunções, sendo relevante apenas o elemento “repetição”, sem haver qualquer influência significativa da passagem do tempo, o que impede a interpretação desse princípio como “habituação” ou algo equivalente. Hume: three majors problemsThis article aims to discuss three central problems in David Hume’s philosophy. A first central problem in Hume’s philosophy concerns the role of the association of ideas: there are in the Treatise two distinct concepts of this association, a negligence that was corrected in the first Enquiry, where the concept of “customary association” is eliminated and no role is assigned to association in the formation of causal beliefs. The second is about the real meaning of induction. Hume’s philosophy discusses the discovery of the causal powers of objects, setting aside any generalisation about sensible qualities. Hume did discover the problem of “causal induction”, but only as a consequence of his analysis of causal inference. The last of our three problems concerns the exact Humean concept of the instinct he calls “custom or habit”. It is noticeable that Hume´s principle is just sensitiveness to the repetition of conjunctions, with no meaningful influence of the passage of time, and this goes against any interpretation of this principle as “becoming accustomed” or anything of the kind. (shrink)

O artigo examina a concepção de Searle sobre a redução da consciência (em especial a sua teoria acerca de seus poderes causais), que se mostra obscura e incoerente. Porém, essa incoerência não é inevitável, pois o naturalismo biológico possui elementos que permitiriam a articulação de uma teoria mais clara a respeito das capacidades causais. O exame da teoria de Pereboom e Kornblith possibilita entender por que a afirmação de identidade das capacidades causais leva a um reducionismo. (...) Essa teoria aponta um caminho promissor para que se possa aprimorar o naturalismo biológico. (shrink)

In this paper, I briefly present the regularity and necessity views and assess their difficulties. I construe scientific laws as universal propositions satisfied by empirically successful scientific models and made — approximately — true by the real systems represented, albeit partially, by these models. I also conceive a scientific theory as a set of models together with a set of propositions, some of which are laws. A scientific law is a universal proposition or statement that belongs to a scientific theory. (...) Scientific laws also are laws of nature since we can provide arguments in favour of natural causal powers that ground the truth of laws. I argue that the truth of counterfactual conditional statements and the occurrence of regularities in nature provide good reasons to believe that real causal powers exist in nature and that the truth of scientific laws is based on a metaphysics of nature. (shrink)

Como as definições de causa e causalidade são estabelecidas na Ciência Política? A explicação causal tornou-se fundamental para a constituição da disciplina como ciência capaz de produzir não só entendimentos, como também previsões acerca dos fenômenos políticos. Porém, a centralidade da causalidade tem sido reduzida à questão da inferência causal, elidindo discussões ontológicas, epistemológicas e metodológicas sobre o significado de causa. Nesse artigo, exploramos os modelos de explicação causal na Filosofia como forma de promover um diálogo entre as concepções de (...) causalidade na Ciência Política para além do problema da inferência causal. Argumentamos que a Ciência Política recorre a diferentes concepções de causalidade, mas seu engajamento com reflexões mais substantivas ainda é limitado. Propomos um canal de diálogo com a literatura do realismo filosófico e suas intervenções sobre poderes causais, capacidades e tendências, as quais oferecem uma base ontológica para as discussões de causalidade na Ciência Política. (shrink)

Neste artigo considero e rejeito uma leitura não-cognitivista do sentimentalismo moral de Hume (segundo a qual ele identifica convicções morais com impressões de um tipo particular) bem como uma leitura disposicionalista (segundo a qual Hume concebe convicções morais como crenças causais a respeito do poder de traços de caráter de produzir certos sentimentos em espectadores apropriados). Sustento que as falhas dessas leituras mostram que Hume é mais bem compreendido como um teórico do erro, de acordo com quem embora convicções (...) morais sejam crenças elas jamais são verdadeiras. Em contraste com teorias do erro contemporâneas, contudo, a tese de Hume não se baseia em uma alegação metafísica para efeito de que não há propriedades morais. Antes, ele sustenta que ideias morais não são ideias de qualidades que possam ser corretamente predicadas de ações ou traços de caráter, mas ideias de sentimentos e que, portanto, crenças morais incorporam sistematicamente um erro categorial. AbstractIn this paper I consider and reject a noncognitivist reading of Hume’ s moral sentimentalism (according to which he identifies moral convictions with impressions of particular kind) as well as a dispositional reading (according to which Hume takes moral convictions to be causal beliefs about the power of character traits to produce certain feelings in suitable spectators). I argue that the shortcomings of these views show that Hume is best understood as an error theorist, according to whom although moral convictions are beliefs they are never true. In contrast with contemporary error theories, however, Hume’s view is not grounded on a metaphysical claim to the effect that there are no moral properties. He holds instead that moral ideas are not at all ideas of qualities that could be truthfully predicated of actions or character traits but rather ideas of feelings and, therefore, that moral beliefs systematically incorporate a category error. (shrink)

Interpreting John Paul II's message to the Pontifical Academy of Sciences in the context of the new scientific discoveries concerning the mitochondrial DNA, one can argue that the human species emerged in Africa some 200,000 years ago. The very problem of the emergence of the human soul in the process of biological evolution represents a subject outside the cognitive competence of science. Attempts can be undertaken to explain this issue in the epistemological perspective of philosophy and theology. In traditional versions (...) of evolutionary theism, God* s interaction in nature was interpreted in causal categories when deterministic dependences were stressed in the process of evolutionary growth. In new proposals, God's presence in an evolving nature has been explained in categories of potentialities and propensities built by God into an evolving Nature. Consequently, in this approach God could be conceived not as a Paleyan designer but rather as a composer unfolding the possibilities hidden in His creation. The future of the evolutionary process depends not only on cosmic physical determinants; it depends to a large extent on the quality of cooperation of human actions with the influence of the Divine Creator. Accordingly, the shape of human culture, as well as the state of moral consciousness of Homo sapiens, should be taken into consideration to discuss the future evolution of the human species. /// Interpretando a mensagem do Papa João Paulo II à Academia Pontifícia das Ciências no contexto das novas descobertas científicas referentes ao DNA mitocondrial, o autor do artigo considera ser possível defender que a espécie humana surgiu em África há cerca de 200 000 anos. Mas o problema da emergência da alma humana no contexto do processo da evolução biológica representa um assunto que está fora da competência cognitiva da ciência. Contudo é possível realizar tentativas no sentido de explicar esta questão na perspectiva epistemológica da filosofia e da teologia. Nas versões tradicionais do teísmo evolutivo, a interacção de Deus com a natureza era interpretada segundo categorias causais quando as dependências deterministicas eram sublinhadas no processo do desenvolvimento evolutivo. No contexto de novas propostas interpretativas, a presença de Deus na ordem evolutiva tem sido explicada em termos das potencialidades e das propensidades induzidas por Deus na Natureza em evolução. Consequentemente, segundo esta abordagem Deus poderia ser concebido não como sábio projectista de que fala William Paley, mas antes como um compositor fazendo vir ao de cima as possibilidades escondidas na sua própria criação. O futuro do processo evolutivo depende não apenas das determinantes físicas do cosmos; ele depende em larga medida da qualidade da cooperação das acções humanas com a influência do Criador. Neste sentido, o artigo defende que a forma da cultura humana, bem como o estado da consciência moral do homo sapiens deve ser tido em consideração em ordem a se poder discutir a evolução futura da espécie humana. (shrink)

Predictive interventions and practices are becoming a defining feature of medicine. The author points out that according to the inner logic and external supporters of modern medicine, participating in healthcare increasingly means participating in knowing, sharing, and using of predictive information. At the same time, the author addresses the issue that predictive information may also have problematic side effects like overdiagnosis, health-related anxiety, and worry as well as impacts on personal life plans. The question is raised: Should we resort to (...) stigmatization if doing so would increase participation in predictive interventions, and thereby save healthcare costs and reduce morbidity and premature death? The paper concludes that even if such a strategy cannot be ruled out in some forms and contexts, we ought to be very cautious about the dangers of shame and stigmatization. (shrink)

Economists and philosophers disagree about the concept of choice used in economics. Some behavioural economists argue that economic models of choice will improve as they become more and more psychologically realistic. Don Ross argues that this argument fails because its hidden assumption – that the economic concept of choice is the same as the psychological counterpart – is false. Ross conjectures that the economic concept of choice concerns a population-scale pattern of behavioural changes in response to incentives. We conduct a (...) survey experiment to test two predictions that Ross’s conjecture generates. The statistical analysis of our data confirms our predictions, although with some qualifications. In interpreting our results, we distinguish two versions of commonsensible realism, strong and weak, and propose the weak one as a plausible explanation of our results. Weak commonsensible realism also produces further testable hypotheses. Some methodological implications of our study are discussed. (shrink)

The aim of the present study was to describe how registered nurses in nursing homes ensure legal security, good and safe nursing care and uphold the dignity of nursing home residents with severe dementia without violating residents’ integrity. Semi-structured interviews were conducted with 10 charge nurses in a county in central Sweden. The transcribed interviews were examined using manifest and latent content analyses. The manifest analysis identified actual local routines involving coercive treatment and registered nurses’ descriptions of complications and alternative (...) measures. The latent analysis resulted in three themes describing nursing strategies: one with coercive treatment, one with coercive treatment under specific circumstances and one to prevent coercive treatment. Interpretations of legal terms regarding coercive treatment and inadequate gerontological nursing training and understaffing seem to preserve the use of coercive treatment. (shrink)

The formerly established medically-based idea of disability, with its charity-based approach to treatment and services, is being replaced by a human rights-based approach in which people with impairments are no longer considered medical problems, totally dependent on the beneficence of non-impaired people in society, but have fundamental rights to support, inclusion, and participation. This interdisciplinary book examines the diverse concerns that people with impairments face in the context of human rights, provides insights into new developments on important issues relating human (...) rights to disability, and features new approaches and solutions to vital problems in the current debate. (shrink)

Background: Autonomy and participation are threatened within the group of older people living in nursing homes. Evidence suggests that healthcare personnel act on behalf of older people but are still excluding them from decision-making in everyday care. Objective: The purpose was to describe registered nurses’ experience of caring for older people in nursing homes to promote autonomy and participation. Research design: A descriptive design with a phenomenological approach was used. Data were collected by semi-structured individual interviews. Analysis was inspired by (...) Giorgi’s method. Participants and research context: A total of 13 registered nurses from 10 nursing homes participated. Ethical considerations: Ethical approval was obtained from the Regional Research Ethics Committee. Informed consent was achieved and confidentiality guaranteed. Findings: The essence of caring for older people in nursing homes to promote autonomy and participation consisted of registered nurses’ awareness of older people’s frailty and the impact of illness to support health and well-being, and awareness of acknowledgement in everyday life and trusting relationships. Paying attention to older people by being open to the persons’ wishes were aspects that relied on registered nurses’ trusting relationships with older people, their relatives and surrounding healthcare personnel. The awareness reflected challenges in caring to promote older people’s right to autonomy and participation in nursing homes. Registered nurses’ strategies, hopes for and/or concerns about development of everyday life in nursing homes were revealed and mirrored their engagement in caring for older people. Discussion and conclusion: Awareness of older people’s frailty in nursing homes and the importance of maintained health and well-being were described as the main source for promoting autonomy and participation. Everyday life and care in nursing homes needs to be addressed from both older people’s and healthcare personnel’s perspectives, to promote autonomy and participation for residents in nursing homes. (shrink)

The essays in this book engage the original and controversial claims from Michael Boylan's A Just Society. Each essay discusses Boylan's claims from a particular chapter and offers a critical analysis of these claims. Boylan responds to the essays in his lengthy and philosophically rich reply.

This paper discusses whether there is room for knowledge of causal relations between events in Aristotle's theory of science as developed in the Posterior Analytics. My focus is on Aristotle's analysis of the fourth sense of kath' hauto or per se predication.

Al hablar sobre los actos de habla lo que Austin hacía o debía estar haciendo era tratando de articular una teoría de la eficacia de los actos de habla: ¿Cómo es que, por ejemplo, cuando digo a alguien en las circunstancias socialmente apropiadas ‘Lo nombro...’ la persona a quien me refiero queda nombrada? Esto es pura magia. Mis palabras funcionan como un hechizo. Constituyen un hechizo. Mis palabras son lo que son por el efecto social que producen. Oficiando como un (...) mago de su propia tribu filosófica, él es incapaz de romper el hechizo que lo mantiene cautivo. Su teoría de los actos de habla se encuentra condicionada por fuerzas sociales que él desconoce. Como resultado sus actos de habla sobre los actos de habla resultan fallidos. Este escrito es un intento de articular una perspectiva desde la que la situación social en la que Austin se encuentra, y la manera como ésta incide en la producción de su teoría pueda ser valorada. (shrink)

A disponibilidade de três versões dos comentários de João Duns Escoto para o livro das Sentenças de Pedro Lombardo, a saber, a Lectura, a Ordinatio e a Reportatio I-A, torna possível a reavaliação de interpretações contemporâneas sobre a teoria da distinção entre uma potência absoluta e outra ordenada apresentada por Escoto. Tomando como fio condutor o texto da Ordinatio e utilizando as outras versões na medida em que elas se esclarecem mutuamente, revisitaremos alguns tópicos defendidos por algumas daquelas interpretações: a (...) associação entre as duas potências e aquilo que é feito por direito e de fato, a compreensão que toma a potência absoluta e ordenada como a distinção um modelo operatório que envolve dois modos de ação e, finalmente, sua relação com a teoria das “possibilidades sincrônicas”: interpretações talvez não suficientemente precisas, como pretendemos mostrar. Também mostraremos que o texto da Reportatio I-B, atualmente sem uma edição contemporânea, pode ser útil na exemplificação de alguns argumentos da discussão em pauta. (shrink)

A partir de una reflexión más amplia sobre el _vínculo entre poder e imagen_, y de la imagen como dispositivo y potencia, enfocamos aquí la figura de José “mulato” Gil de Castro –pintor peruano inmigrante en Chile y retratista de las elites eclesiásticas, políticas y militares sudamericanas–, abordando su producción de imágenes inscritas en la _funcionalidad glorificante_ _y generadora de signos del poder soberano_ –incluso allí donde retrata al “pueblo”– en un contexto histórico en que los imaginarios soberanistas colonial y (...) estatal-nacional se organizan al hilo del discurso “humanista” de corte eurocéntrico y del racismo como reverso inmunitario de su norma antropológica. La operación artística de Gil de Castro y su contexto nos ofrecen un interesante escenario microhistórico para comprender el fenómeno de la “secularización” moderna –o “transición”–, en la medida en que la matriz en el campo religioso de su operatoria pictórica se desplaza a un campo político y militar en donde el ejercicio del poder soberano se comprende y se practica como un intento de dar forma a lo social de acuerdo a un _paradigma_ _angelológico_ con raíces en una _metafísica política_ _teo-onto-antropológica_. Finalmente haremos algunas consideraciones sobre la figura de Gil de Castro como complejo cruce entre, por una parte, su condición-estigma de “mulato” en una sociedad racista, y por otra, su operación artística funcional al poder soberano y su articulación “angelológica” de lo social. _Palabras clave:_ Imagen – Poder – Soberanía – Arte – Glorificación. (shrink)

En el presente trabajo se pretende elucidar algunos de los aportes posibles de la filosofía deleuzeana a la teoría social y política, a través de un examen de su concepción del poder. La investigación arroja como un primer resultado que dicho examen requiere una reducción metodológica de los conceptos de lo “molar” y lo “molecular” -que constituyen su concepción más general de lo social- a los términos propios de sus desarrollos ontológicos: “virtual” y “actual” o “acontecimiento y “estado de cosas”. (...) Dicha reducción permitirá identificar dos concepciones cronológicamente sucesivas del poder, la segunda de las cuales, que incluye parcialmente a la primera, permite dar con una definición del poder como agente (no subjetivo) de producción de subjetividad, lo que constituye el resultado de la investigación y su mayor aporte. (shrink)

Este artículo tiene por propósito analizar el poder en Michel Foucault, entendiendo por este un concepto operativo, esto es no temático, irreductible a una mera teoría. Propongo leer el poder en términos de un caleidoscopio que en el autor francés es un dispositivo móvil en el que el cuerpo y la ley, la vida y la muerte, entran en una oscilación o pendularidad incesante. Por lo tanto, cuando se afirma que el poder es un «caleidoscopio magnífico» no es en tanto (...) forma de representación, pues ello supondría una concepción sustancialista del mismo, sino en su “funcionamiento real”. Para llevar esto a buen puerto, establezco dos momentos: en el primero, presento las concepciones tradicionales del poder a las que el filósofo francés asesta un fuerte golpe. En el segundo, planteo, al hilo de entender el poder como caleidoscopio, cinco notas características de éste. (shrink)

Al tener Dios derecho soberano y un poder soberano sobre todas las cosas, al ser cada individuo Dios mismo en tanto que afectado por una modificación determinada, cada individuo tiene tanto derecho como fuerza (TTP, XVI; TP, II, 3): esta tesis «escandalosa» es el único punto de partida de toda la doctrina política de Spinoza. Basta desarrollar todo lo que ella implica para observar cómo se resuelve el problema de la legitimidad del poder estatal, así como de su óptimo funcionamiento. (...) Pero este punto de partida es, así mismo, la culminación de toda una historia. (shrink)

En este artículo reconstruimos el sentido que asume el problema del orden social en la teoría de los medios de comunicación simbólicamente generalizados de Niklas Luhmann. La hipótesis de lectura que deseamos elaborar es que en esta teorización se evidencia una parcial subordinación del problema sociológico del orden social al de la inquietud por las inciertas condiciones de posibilidad del control y/o la regulación de la acción en contextos de contingencia. Esto es, el problema del poder adquiere una inadvertida preeminencia. (...) En lineamientos generales, consideramos que este desplazamiento se torna reconocible en el marco de las diversas valoraciones que hace Luhmann con respecto a la contingencia de la acción y de sus implicancias para la formulación de una teoría del orden social. La reconstrucción propuesta se torna significativa en tanto muestra una delimitación del problema que se encuentra en tensión con la tradición de reflexión sociológica para la cual el problema conceptual del orden refiere a los modos en que el mismo puede ser concebido o explicado y no a las dificultades ligadas a su formación. (shrink)

Este texto pretende analizar el análisis del liberalismo que Michel Foucault realizó en sus últimos cursos del Collège de France. Tal análisis pasa por una redefinición del concepto de poder, entendido como guerra, y una reflexión sobre los conceptos de seguridad y población, modos a través de los c..

Este trabalho tem como finalidade mostrar as relações de troca descritas por Marcel Mauss no seu Ensaio sobre a Dádiva e o poder produzido dessas relações. Este estudo toma como texto base o Ensaio de Mauss e toma como caso a ser estudado para se mostrar a relação entre dádiva e poder o romance Menino de Engenho, de José Lins do Rego. A principal conclusão é a de que o poder emana da dádiva por razões que jazem na própria natureza (...) humana remanescentes dos tempos do estado de natureza, como indica Thomas Hobbes, quando ter mais poder significava viver provavelmente um pouco mais. (shrink)

El artículo estudia la doctrina política aristotélica partiendo de las críticas de Aristóteles a las teorías y prácticas políticas de su época. En este marco referencial, el concepto fundamental es el poder entendido desde el punto de vista de la conservación de la polis.Aristotelian doctrine on political power is studied following Aristotle's criticism of the theories and practices of his time. In this framework, the core concept is power considered from the point of view of the preservation of the polis.

Hablar del poder comunista significa estudiar el “poder” como potencia, que esconde, de hecho, una cuestión central que aleja a Marx y a la teoría materialista de las diferentes formas de idealismo político, viejas o nuevas, tanto como aleja a la teoría dialéctica de sus muchos enemigos. Y esta es precisamente la cuestión de la posibilidad, o de la correcta comprensión de la categoría de posibilidad, o la relación entre lo posible y lo imposible, posibilidades materiales y posibilidades meramente subjetivas. (...) Esto nos llevará también a la cuestión de la _contradicción, _la de la organización (como poder comunista en acto), y de la idea de negación determinada, o de la Revolución como “negación de la negación” —que es como Marx se refiere a esta tanto en los _Manuscritos de París _(1980: 164) como en _El Capital _(2013: 535). (shrink)

En el artículo se examina - desde una perspectiva novedosa - el poder, su significación, vivencia e implicaciones. Efectivamente, a partir de la hermeneusis de la práctica de vida de sujetos populares, se muestra lo que es, desde el interior del mundo-de-vida popular venezolano, el poder, y su signi..

Para poder entender el pensamiento de Foucault es necesario enfocarse en varios principios que utilizaba o planteaba con el propósito de ir ligando cada uno de ellos para poder alcanzar y conocer su filosofía. Entre los principios o términos que hizo más resonar dentro de su filosofía fue el del “poder”, el cual manejaba, a grandes rasgos, como un factor sustancial que se da dentro de cualquier cuerpo social y, que, a su vez, tiene cada ser humano, este es un (...) principio de dominación que es aplicado desde la antigüedad, que bien con el paso del tiempo ha ido cambiando, pero también podemos decir que sigue teniendo el mismo contenido. Por lo tanto, esta investigación tiene como propósito mostrar, cómo el concepto de poder se ha ido forjando desde filósofos clásicos, también sobre cómo se plasmaba el sentido de quién en realidad podía tenerlo y quién no, explicado de tal modo, que, como lo plantea Foucault, los hombres mediante el contrato se den su poder por una colaboración.Nuestro trabajo, pretende establecer el término “poder” en el modo en que Foucault lo contemplaba, ya sea con todos sus pros y contras, para así mediante ello, poder forjar y reafirmar nuestras ideas y así extrapolar, poco a poco, su pensamiento, para crear nuestra propia crítica y mostrar cómo la sociedad contemporánea se está deshumanizando y, a su vez, se está perdiendo en un sin sentido de “poder” y manipulación por el otro, lo cual da como resultado, hombres máquina, incapaces de pensar y de forjar su pensamiento. (shrink)

El presente artículo indaga sobre el poder dinámico y causal del ente finito. Busca fundamentar el accionar del mismo desde su estructura metafísica dando así razón de su causalidad. En este sentido el estudio se desarrolla en el ámbito de lo que santo Tomas de Aquino ha llamado filosofía primera que es, dentro de la disciplina sapiencial, la perspectiva que investiga sobre las diversas especies de causas, como aquellas que dan mayor certeza al conocimiento, y esto con principal acento en (...) la causalidad eficiente y final. El matiz mencionado tiene su fundamento en el ente como sujeto-objeto de la metafísica y lleva en sí la proyección a la teología filosófica como aquella parte de la sabiduría que se dedica a estudiar la causa primera de todo lo real. (shrink)

Si el pensar es un acto libre debe poderse ejercer sin subordinarse a las sensaciones, debe ser posible más allá de la impresión correspondiente. Aunque para ello tenga que crear sus propias imágenes, sus fantasmas. Si no puede hacer tal cosa, entonces su libertad debería ser puesta en cuestión, como hace el empirismo. Pero si por el contrario es capaz de seguir avanzando más allá de la sensibilidad, entonces, en nombre de su libertad, debemos reivindicar su poder y promoverlo.

El objetivo de este trabajo consiste en explicar el concepto de «poder de lo real» en la filosofía de Xavier Zubiri. Siendo este el núcleo, hemos querido confrontar su reflexión con otros autores relacionados con un ámbito, digamos, artístico-filosófico. Autores en los que, como ocurre con el filósofo vasco, el poder de lo real, de las cosas reales concretas, es lo que proporciona el eje de sus obras. Es decir, el hombre abona, mediante ese poder, su funcionalidad con respecto a (...) las demás cosas reales, incluido el propio ser humano. Primeramente, nos introduciremos en la amplia reflexión que realiza Zubiri en relación a dos conceptos complejos, el de poder y el de lo real. Seguidamente nos adentraremos en la mirada trágica, con especial consideración a Edipo rey, de Sófocles, una obra que permite ver cómo ese poder se produce desde la vivencia trágica, lo que nos ayuda a comprender la perspectiva de Zubiri que también hace hincapié en el significado de la realidad trágica. El añadido del escritor Samuel Beckett se realiza porque su obra, en especial Esperando a Godot, puede servir de contraste, y al mismo tiempo de reto, a la visión zubiriana desde una perspectiva de la filosofía del absurdo. (shrink)

O artigo pretende mostrar de que forma Martin Heidegger compreende o modo de ser do Dasein na sua cotidianidade e apresentar os existenciais que possibilitam a superação desse estado, na direção das possibilidades mais próprias. Na cotidianidade, que se caracteriza pela impessoalidade, o que permanece oculto é exatamente o ser-no-mundo, a radical contingência e finitude da existência humana. Angústia, morte, consciência, culpa e resolução, liberados de seu sentido metafísico, deverão poder desocultar tal situação e conduzir o Dasein para o seu (...) modo de ser originário, enfim, para si mesmo. (shrink)

Esta es una introducción al volumen especial de Empedocles: European Journal for the Philosophy of Communication enfocada en estudios latinoamericanos. Los trabajos que a continuación se presentan forman parte de una selección minuciosa llevada a cabo a propósito de varias conversaciones sobre Latinoamérica llevadas a cabo durante el último año. Los artículos en cuestión recorren transversalmente diversas áreas del pensamiento latinoamericano en la actualidad, particularmente las relacionadas con la filosofía, el arte, la literatura y los estudios visuales. Del mismo modo, (...) proponen lecturas alternativas de la realidad latinoamericana atendiendo a su autenticidad, su contexto y a la forma en la cual se interpretan y critican, implícita y explícitamente, categorías tradicionales como representación, poder, modernidad o género entre otras. (shrink)

Este estudo versa sobre o poder das empresas transnacionais e a produção da elisão fiscal, com base no caso da Coca-Cola no mundo contemporâneo. A pesquisa é realizada adotando-se o método dedutivo e a técnica de pesquisa bibliográfica. O objetivo geral busca verificar o poder das empresas transnacionais e como elas podem produzir elisão fiscal. Considerada uma das marcas mais influentes do mundo, a Coca-Cola efetua manobras fiscais, como a elisão fiscal, consistente na redução do pagamento de tributos, procurando se (...) instalar em países em que os regimes fiscais sejam privilegiados, utilizando indevidamente os destinos fiscais em seu próprio benefício. (shrink)

Este artigo investiga quais são os principais conceitos de poder propostos pela teoria feminista da segunda onda, de modo a sustentar que nessa são identificáveis dois conceitos fundamentais que são opostos mas complementários. Para tanto, propõe-se um percurso pelas principais ideias do feminismo acerca do poder surgidas a partir da década de 1960, nas quais esse aparece relacionado, principalmente, aos conceitos de dominação e opressão, mas também às visões sobre empoderamento, recurso, cuidado e liberdade. Com base no mapeamento teórico realizado, (...) argumenta-se que para a análise das relações de poder estabelecidas entre homens e mulheres é necessário retomar tanto o conceito de poder como dominação quanto como empoderamento. (shrink)

Las dificultades del partido Demócrata durante el período de gobierno de George Bush, han hecho visibles carencias importantes en el modelo tradicional de la comprensión política. La noción de racionalidad vinculada a este implica una valoración excesiva de la verdad como condición de la obtención de un poder. Consecuentemente, se comenten errores en la identificación de las relaciones de dominación implícitas en un debate político, y no funcionan las estrategias críticas con las que se enfrenta al adversario. Analizamos los supuestos (...) generales de este modelo, destacamos su presencia histórica y presentamos una de las formas en que se estarían replanteando los objetivos generales del discurso político actual. (shrink)

O presente artigo busca em Jürgen Habermas elementos que repercutem na democracia, situando o cidadão como detentor do poder que legitima o direito. Seu objetivo é esclarecer a mudança do logocentrismo para o espaço discursivo da linguagem. Sua democracia é procedimental, no sentido de que se deve garantir os pressupostos do discurso. A metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica, com a compilação de conceitos do referencial teórico de Habermas, pontuando a sua contribuição para o esclarecimento da ruptura da tradição e o (...) mundo discursivo contemporâneo, com os seus reflexos no avanço da participação dos cidadãos na construção da democracia. (shrink)

O artigo analisa os princípios pelos quais são delimitados os poderes do Estado e assegurado o respeito aos direitos individuais, no Segundo tratado sobre o governo,de John Locke.

La teoría republicana moderna de la concepción revolucionaria de la soberanía popular tuvo un eslabón fundamental en la filosofía política de John Locke, quien elaboró un argumento en favor de la libertad natural y de la autonomía de juicio de los individuos, y en contra de la sujeción natural y la alienación de la libertad política. Concibe la autoridad política como un poder político fiduciario instituido para el fin del bien público. Cuando los gobernantes actúan para fines distintos de los (...) encomendados, arbitrariamente o por su interés propio, la confianza se pierde y el ejercicio del poder político regresa a las manos del pueblo libre. Modern republican theory of the revolutionary conception of popular sovereignty had a fundamental link in the political philosophy of John Locke, who elaborated an argument in favour of the natural freedom and autonomy of judgment of individuals, and against the natural subjection and alienation of political freedom. He conceives of political authority as a fiduciary political power instituted for the end of public good. When the trustees act for ends other than those entrusted, arbitrarily or for his own interest, trust is forfeited and the exercise of political power returns to the hands of the free people. (shrink)

The “power of the real”, which Zubiri conceptualized in the final period of his philosophy, is “inspired” in the creation concept of the Greek Fathers, according to Zubiri’sexposition of Greek Patristics in “Supernatural Being: God and Deification in Pauline Theology”. In addition, Zubiri makes that concept his own in a course on Christianity, published posthumously. That inspiration can be detected when Zubiri radicalizes his philosophical approach. This implies purifying his philosophy of elements from Latin theology,whose notions he contrasts with those (...) of Greek theology in the aforementioned work. InOn Essence, these elements do not permit Zubiri to elude the horizon of nihility, in hisview in force in Western thought from St. Augustine to Hegel, but not genuinely philosophical because it originates with Revelation. A consequence of this radicalization is toconside r “creation” as a revealed datum. At the same time, and insofar as this radicalization implies sticking only to the facts, Zubiri elaborates a proof of the reality of God, fromwhich follow as intellectually legitimate non-theistic options.El “poder de lo real”, que Zubiri conceptualiza en el último período de su filosofía, está “inspirado” en el concepto de creación propio de los Padres griegos, según la exposiciónque hace de la Patrística griega en “El ser sobrenatural: Dios y la deificación en la teologíapaulina”. Además, hace suyo ese concepto en un curso sobre el Cristianismo, publicadopóstumamente. Dicha inspiración puede detectarse cuando se radicalizan sus planteamientos filosóficos. Esto implicó depurar su filosofía de elementos provenientes de la Teología latina, cuyas nociones contrapone a los de la Teología griega en el trabajo mencionado. A la altura de Sobre la esencia, esos elementos no le permitirán sustraerse al horizontede nihilidad, a su juicio vigente en el pensamiento occidental desde San Agustín hastaHegel, y no genuinamente filosófico porque se origina con la Revelación. Consecuencia deesa radicalidad es considerar la “creación” como un dato revelado. Al mismo tiempo, y en lamedida en que esa radicalización implica atenerse sólo a los hechos, Zubiri elabora unaprueba de la realidad de Dios desde la que resultan intelectualmente legítimas las opciones no teístas. (shrink)

A partir de una aproximación al ensayo Sobre la violencia, intentaremos comprender la relación que existe entre la violencia y el mal en la filosofía de Hannah Arendt. El artículo partirá ubicando el tratamiento crítico arendtiano de la noción kantiana del mal radical en Los orígenes del totalitarismo, y el vuelco que da su pensamiento en el tratamiento del mal al formular en Eichmann en Jerusalén la posibilidad de que las acciones humanas puedan tener motivaciones banales. Según nuestro punto de (...) vista, es posible establecer una relación de continuidad entre esta banalidad del mal con la idea de mal radical, en tanto ambas concepciones del mal se refieren a la anulación efectiva del carácter espontáneo de las acciones humanas. Asimismo, sugeriremos que dicho tratamiento del problema del mal arendtiano puede entenderse en estrecha relación con sus investigaciones sobre el ejercicio de la violencia sistemática en los regímenes totalitaristas y sus tesis sobre la naturaleza del poder en los regímenes políticos. La ignorancia del poder designará, así, tanto un equívoco teórico sobre la naturaleza del poder, como el modo efectivo en el que el mal se encuentra presente en regímenes políticos que apuntan a dominar, mediante la violencia, las acciones de los hombres. (shrink)

Se apuntan algunas reflexiones relevantes sobre el ethos universitario en el contexto del exilio republicano español de 1939. En concreto, de autores como Fernando de los Ríos, Joaquín Xirau y José Gaos, exponentes todo ellos de un saber desarraigado en busca de nuevos resortes de poder. Se tiene además en cuenta el caso de María Zambrano, cuyo aparente desinterés por la cuestión universitaria es indicio de un saber coherente con su exilio e irreductible a la disciplina académica, de un saber (...) que ha renunciado al poder y exige un nuevo ethos. (shrink)

In the course of history there have always been a controversy in the relationships between people's will and the political power that govern it. The analysis about power's origin, its functions, and the people right of resistance carried out by J. Roa Dávila, make possible to understand better the present day concept of democracy and it oblige to lay out again the ethics of the practising of the political power.