Está bem estabelecido que a moderna noção de ser humano está firmemente ancorada no conceito de evolução natural, no que diz respeito à sua origem biológica, e no conceito de cultura, no que diz respeito à sua condição existencial e sua multiplicidade de modos de vida. Este artigo discute a relação entre o paradigma evolucionista nas ciências naturais e o pensamento antropológico moderno analisando as raízes de alguns mal-entendidos entre as duas tradições intelectuais. Notadamente, o embaralhamento entre os legados da (...) obra do naturalista Charles Darwin e do filósofo Herbert Spencer para a escola de pensamento conhecida como evolucionismo social, hegemônica entre a década de 1870 e a I Guerra Mundial no contexto antropológico. A partir da crítica dirigida aos autores desta escola por Franz Boas, fundador da antropologia cultural norte-americana, o artigo demonstra que o conceito evolutivo empregado por evolucionistas sociais como Edward B. Tylor e Lewis H. Morgan remete mais às concepções teleológicas e dedutivas de Spencer da evolução como uma lei, que às formulações indutivas e não-teleológicas de Darwin da seleção natural como um mecanismo. Por fim, o artigo salienta afinidades entre a teoria da cultura de Boas e a visão de mundo darwiniana maiores do poderia se supor, dentre as quais: uma perspectiva mais retroditiva que preditiva sobre as origens da variação natural e cultural; a substituição da ortogênese determinada pela filogênese indeterminada; e da crença no progresso absoluto e no excepcionalismo humano pelo relativismo com respeito ao lugar da humanidade e suas formas de vida cultural no mundo. (shrink)

El presente artículo analiza las importantes aportaciones de Adam Smith a la teoría del lenguaje. Identifica dos niveles argumentativos coordinados, el primero procedente de la lógica del análisis y la síntesis y el segundo procedente de una interpretación del lenguaje como una herramienta de adaptación y transformación social del entorno natural. Esto permite identificar una “hipótesis del desarrollo” del lenguaje, que evoluciona desde lo homogéneo desarticulado hasta lo heterogéneo articulado. A partir de aquí, se define la especificidad de la teoría (...) del lenguaje de Smith entre los siglos XVIII y XIX, así como sus consecuencias estéticas y educativas. This article analyzes the important contributions of Adam Smith to the theory of language. It identifies two coordinated argumentative levels, the first coming from the logic of analysis and synthesis and the second coming from an interpretation of language as a tool for adaptation and social transformation of the natural environment. This allows identifying a language’s “development hypothesis”, which evolves from the disjointed homogeneous to the articulated heterogeneous. From here is defined the specificity of Smith’s theory of language, between the eighteenth and nineteenth centuries, as well as its aesthetic and educational consequences. (shrink)

Este artículo discute las implicaciones ético-políticas que han seguido atribuyéndose al darwinismo en las numerosas obras publicadas a raíz del bicentenario del nacimiento de Darwin. Analiza la relación del darwinismo con el materialismo, el marxismo, el darwinismo social, la eugenesia, el conservadurismo, el creacionismo y el ateísmo, distinguiendo las justificadas asociaciones de ciertas hipótesis biológicas con varias tendencias políticas y la injustificada asociación del evolucionismo con distintas ideologías.

"Libro sumamente valioso. Tras sendas visiones de conjunto, muy logradas, del positivismo en América Latina en general y en Venezuela en particular, siguen capítulos sobre: Adolfo Ernst; Rafael Villavicencio; Vicente Marcano; Lasandro Alvarado; Luis Razetti; Guillermo Delgado Palacios; Luis López Méndez; José Gil Fortoul; Laureano Vallenilla Lanz; César Zumeta y Manuel Arcaya. Tiende a hacer comparaciones con otras manifestaciones del positivismo latinoamericano"--Handbook of Latin American Studies, v. 58.

Objectivo principal do presente artigo é mostrar até que ponto o evolucionismo darwinista inclui proposições centrais testáveis, para além de várias proposições acessórias também elas testáveis. Nesse sentido, o autor constrói um argumento no sentido de mostrar que as alegações de Karl Popper, segundo as quais não pode ser concedido estatuto de cientificidade ao darwinismo, carecem de fundamento. O autor defende também a necessidade de um questionamento firme em relação a todo e qualquer argumento fornecido pela ciência, pois nem (...) a capacidade de previsão nem a universalidade das leis são garantia de que a ciência, também ela, nunca caia em erro. /// Aim of the present article is to show that the doctrine of evolution defended by Charles Darwin is grounded on propositions that are verifiable, as are verifiable many of its secondary propositions. The author builds up an argument that goes in the direction of showing how the allegations by Karl Popper against the scientific nature of Darwinism are not grounded in reality. The author of the article also defends the necessity of a firm questioning in relation to each and every argument advanced by the practitioners of science, since nor its anticipatory capacity nor the universality of its laws are warrant enough that the science never falls into error. (shrink)

Firstly, in this article it is examined the nature of the putative remarks concerning evolution of species that are found in the works that Richard Owen published before 1858; and then it is made the same thing with the few and vague evolutionist conjectures that Owen certainly made after the public presentation of Natural Selection Theory. Regarding the former topic, the goal will be to highlight the ambiguity of those Owen’s remarks, and concerning the latter topic what is looked for (...) is to show that, when he explained his transmutationist thesis, Owen didn’t go beyond a pious theistic evolutionism, without postulating any mechanism of evolutionary change and remaining faithful to Design Theology praised by Paley. (shrink)

Este artigo traz uma reflexão sobre a influência que a Biologia evolutiva exerceu sobre Sigmund Freud no tocante à teoria das pulsões e à noção de patologia que a acompanha. Também, notadamente quanto às suas tendências regressivas, conforme apresentado em Além do princípio do prazer, publicação pródiga de referenciais evolucionários, especialmente da compreensão filogenética da espécie humana, ou seja, da teoria da recapitulação de Ernst Haeckel, articulada aos fenômenos clínicos e culturais. Amparados em Georges Canguilhem, observamos que a mesma Biologia (...) cumpre função normativa na qualificação das manifestações humanas. Assim, mostraremos que o recurso a ela serviu de apoio para Freud estabelecer uma concepção psicanalítica de sujeito igualmente normativa, a saber, dotado de um psiquismo regressivo e patológico em sua natureza, cuja tendência biológica o faz repetir comportamentos do passado. Se trata de uma opção teórica em detrimento da ruptura e da variação como norteadora de sua história, assim como da história da espécie humana. (shrink)

O presente artigo tem como objetivo estabelecer o papel que a constituição biológica de mamíferos e as construções culturais têm na expressão de emoções sociais básicas. A relevância social das emoções será investigada a partir da discussão entre o evolucionismo e o construtivismo, com enfoque no papel dos movimentos expressivos na sua comunicação em diferentes espécies de animais e culturas humanas. O estudo relativo às expressões emocionais será realizado mediante a apresentação dos princípios gerais das emoções desenvolvidos por Darwin (...) em combinação com análises contemporâneas realizadas pelas ciências naturais sobre o tema. Como estudo de caso, será apresentada a pesquisa desenvolvida por Tracy e Matsumoto, onde é realizada uma comparação das expressões de orgulho e vergonha em humanos com visão normal e cegueira congênita. O argumento é que, caso estes princípios sejam homólogos em diferentes espécies ou, ainda, expressos da mesma forma em humanos incapazes de mimetiza-los pelo olhar, então uma explicação evolucionista sobre a relação entre emoções e comportamento tende a ganhar força.Palavras-chave: Emoções. Expressão. Naturalismo. Evolucionismo. Construtivismo. (shrink)

Reseña de: _Rodrigo López-Orellana y Joaquín Suárez-Ruíz (eds.). _Filosofía postdarwiniana. Enfoques actuales sobre la intersección entre análisis epistemológico y naturalismo filosófico.__ Londres, College Publications, 2021.

En este artículo analizamos la crítica que Richard Rorty hace de la apelación al “método experimental” por parte de John Dewey. Defendemos que la categórica desestimación que Rorty presenta del vínculo entre el pragmatismo de Dewey y su concepción de método hubiera sido o bien matizada, o bien radicalmente diferente, de haber considerado seriamente la importancia que la reflexión sobre la educación tenía para el filósofo de Vermont. Nuestra estrategia interpretativa se apoya en la recuperación que Henry Cowles hace recientemente (...) de la apelación al método experimental que Dewey lleva a cabo en How We Think —uno de sus textos educativos más importantes—, en donde se muestra las vinculaciones relevantes entre pragmatismo, evolucionismo y método. Este marco histórico-conceptual nos permitirá cuestionar la reconstrucción de Rorty en torno de este aspecto de la filosofía deweyana tomando en cuenta, fundamentalmente, sus propias reflexiones sobre educación. (shrink)

This paper presents a short review and then examines in some detail a text by Ricardo Maliandi on the natural motives of technique. It offers/provides methodological considerations and raises anthropological and ethical issues, casting doubt about the sense and scope of the technical in relation to human evolution.Esta comunicación resume primero y analiza después con cierto detalle un escrito de Ricardo Maliandi sobre los resortes naturales de la técnica , haciendo consideraciones de método, cuestionamientos antropológicos y éticos, sentando otros reparos (...) luego respecto del sentido y alcance de lo técnico en relación con la evolución del hombre. (shrink)

El presente artículo ofrece un análisis del concepto de continuidad, tal como fue desarrollado por dos de sus principales exponente, Leibniz y Peirce. Comienza por definir el significado del concepto, señalando las diferentes propiedades del continuum identificadas en ambos autores. Después señala las consecuencias y aplicaciones filosóficas que el concepto tiene para ambos filósofos, en especial para la ontología. En primer lugar, expone lo que Leibniz llamó la ley de continuidad y sus diferentes versiones. Luego, se habla de lo que (...) Peirce denominó «sinequismo», que constituye el conjunto de ideas de este filósofo acerca de la continuidad y de sus implicaciones filosóficas. Aquí se intenta mostrar, especialmente, como el sinequismo constituye la clave para la comprensión de muchos problemas lógicos, epistemológicos y metafísicos, como el de la validez de los axiomas de la lógica, la justificación del conocimiento, el dualismo mente cuerpo, el evolucionismo y el realismo acerca de los universales. (shrink)

En este trabajo se pretende revisar la controversia que Popper mantuvo con la teoríadarwiniana de la evolución. Se señala la presencia de nociones y ejemplos tomados deldarwinismo ya en los escritos de los años 30, el cuestionamento del evolucionismo al hiloda refutación del historicismo durante los cuarenta y los posteriores intentos por rehabilitarsu estatuto científico a partir de la década de los 60. Esta secuencia permite plantear que, sibien Popper trató de mostrar que su pensamiento social y político se (...) funda principalmenteen la epistemología, cabe considerar si son más bien sus valores sociales y políticos los queestablecen el carácter y los límites de su proyecto epistemológico, así como del resto de supensamiento. Se sugiere que el deseo de refutar el pretendido estatus científico de la teoríamarxista pudo ser la razón que lo determinaría a cuestionar el darwinismo que, por otraparte, siempre estuvo dispuesto a aceptar. (shrink)

El ensayo articula las reflexiones que Benjamin, en variados textos, expone sobre la infancia. El autor resalta la experiencia infantil por su capacidad de transmutar los objetos, otorgándoles un uso contrario al corriente, pudiendo tal desfiguración incluso alcanzar la propia identidad. Por ello, en la infancia se alojaría cierto carácter destructivo, a partir de cierta fidelidad al objeto que permite su rescate ante todo evolucionismo. Desde allí se concluye, a partir de ciertos comentarios de Agamben y Didi-Huberman, en torno (...) a la infancia como imagen de la inventiva capaz de recuperar justamente lo ido y de anunciar la diferencia por venir. (shrink)

Sumário - Parte I - Fundamentos da Antropologia Hiperdialética; A Antropologia em questão; Hiperdialética ou o Sistema Lógico Hiperdialético, em resumo; Lógica e Cultura; Sobre as Lógicas; Figura 1 - Sistema Lógico Hiperdialético ou Quinquitário; A Lógica da Identidade (lógica I ou I); A Lógica da Diferença (lógica D ou D); A Lógica Dialética (lógica I/D ou I/D); A Lógica Sistêmica (lógica D/D ou D/2); A Hiperdialética ou Lógica Quinquitária, ou ainda Lógica do Ser subjetivo em sua integralidade (lógica I/D/D (...) ou I/D/2); Figura 2 - Escolas antropológicas nodais; Lógica e história da cultura; Pré-lógica I - Caçadores e coletores igualitários e animistas; Pré-lógica D - Agricultores e nobres hierarquizados pela teocracia; Figura 3 - História hiperdialética da cultura (pré-simbólico); Lógica I - Deus Um simbólico; Lógica D - O nascer da Filosofia; Lógica I/D - Deus trino medieval; Lógica D/D - O triunfo da ciência; Figura 4 - História Hiperdialética da Cultura Ocidental (Oriental); Lógica I/D/2 - Nosso destino utópico; Antropologia Hiperdialética e suas Lógicas; A formação do pensamento antropológico; Figura 5 - Pioneiros da Antropologia; Evolucionismo sociocultural - a Lógica Dialética ou a dimensão da mudança - a história; O funcionalismo estrutural durkheimiano e a Lógica da Diferença ou a dimensão do inconsciente, da alteridade e da multivariedade; O particularismo cultural e a Lógica da Identidade ou a dimensão da autoidentidade; O estruturalismo e a lógica ou dimensão sistêmica; Figura 6 - Antropólogos nodais segundo a Antropologia Hiperdialética; O pós-estruturalismo e o encantamento da Lógica da Diferença; Figura 7 - Antropólogos na pós-modernidade; A Antropologia Hiperdialética e a lógica ou a dimensão hiperdialétic; Metodologia antropológica hiperdialética; Epoché, etnoexocentrismo, rappor; Escuta, observação participante; Diálogo, historicidade; Sistematicidade, redes, contextualidade; O relativismo cultural; Evolução sociocultural; A Hiperdialética como método; Figura 8 - Metodologia Hiperdialética; A Antropologia Hiperdialética em ação - três exemplos; A questão indígena no Brasil; A relação homem/mulher; O racismo americano e sua busca de superação; Conclusão - para que a Antropologia Hiperdialética?; As antropologias configuradas nas lógicas básicas; Para onde vai o ser humano?; Parte II - São os Guajá hiperdialéticos?; Meu encontro com os Guajá; Notas; O Autor. (shrink)

El autor, empeñado desde hace algún tiempo en recuperar la enseñanza de la filosofía en Latín, pone frente a frente en este estudio la teoría evolucionista de Darwin y la "quinta vía" tomística. Ello es ocasión para unas disquisiciones sobre la finalidad teleológica del mundo, la admiración aristotélica como principio del filosofar, y la verosimilitud.Palabras llave: Evolucionismo; teleología; verosimilitud.The author, who has made efforts over time to recover the teaching of philosophy in Latin, confronts in this paper Darwin’s Evolutionist (...) Theory and the Tomistic "Fifth Way". This confrontation lends itself to the rendering of some elaborations on the teleological finality of the world, Aristotilian admiration of the beginning of the philosophical task, and verisimilitude.Palabras llave: Evolutionism; teleology; verisimilitude. (shrink)

W. H. Hudson tuvo un contacto muy temprano con El origen de las especies; probablemente haya leído el libro el mismo año de su aparición . Esta lectura lo acercó a una filosofía naturalista que, a la vez, lo alejó de la formación materna en cuestión religiosa, y lo condujo a asumir una posición evolucionista crítica. De hecho, contradijo observaciones de Darwin que éste revisó, además de mencionarlo en la segunda edición de El origen de las especies . Asimismo, son (...) numerosas las citas que Hudson hace de Darwin en sus textos. Aunque pueden marcarse diferencias, ciertos tópicos generales del evolucionismo, son fácilmente reconocibles a lo largo de su producción. El trabajo pretende avanzar sobre estos aspectos para identificar cuán profundamente caló en su concepción del mundo la perspectiva evolucionista.W. H. Hudson had an early contact with The Origin of Species. He may have read it in the same year of its publication . This reading brought him close to a naturalist philosophy that, in turn, took him away from an education in religious practice, fostered by his mother, and made him adopt a critical evolutionist position. In fact, he contradicted Darwin's observations, which he latter reviewed, in addition to mentioning him in the second edition of The Origin of Species . Also, there are numerous quotations of Darwin in Hudson's works. Even though differences can be noted, certain general topics on evolutionism may be easily recognized throughout his production. This paper attempts to move forward in these aspects in order to identify how deeply the evolutionist perspective influenced Hudson's conception of the world. (shrink)

Bergson e a sociologia.--Problemas de filosofía do direito.--Direito e evolucionismo.--Código de Hamurabi e codificac̦ões anteriores.--Ideais jurídicos.--Problemas da planificac̦ão através do direito.--Aspectos da sociologia juridíca de Gurvitch.--A problemática da sociologia política.

: What is it about pragmatism that has from its inception been found disturbing? I am reminded of Daniel Dennett's remark in his 2000 American Philosophical Association Presidential Address that "many people dislike Darwinism in their guts." There is something about pragmatism that has always been found deeply troubling and I believe it is related to what troubles people about Darwinism. Inspired by Dennett's treatment of the idea and impact of evolutionary theory in his Presidential Address and in his book, (...) Darwin's Dangerous Idea, I will look at pragmatism in that light and will suggest that it may be even more threatening than Darwinism to traditional western values and the glorification of individualism. I will suggest that pragmatism is a naturalistic philosophy that presupposes a radical evolutionism and that, try as they might to subsititute a belief in an exuberant meliorism for religious faith, pragmatists must eventually face the fact that everything is fleeting and that ignorance will prevail. In fact, taking the long view of things, there really is no future. But, surprisingly perhaps, this is no cause for a pessimistic outlook. Futility, in the long run, is no excuse for despair today. Interlaced with these somewhat didactic themes, I will include some comparison of Dennett's parsimonious philosophy with the views of the original pragmatists, especially with Peirce's semiotic pragmatism, and I will briefly consider whether the naturalism running from Quine to Dennett is a branch of neo-pragmatism that has been largely unrecognized.Key-words: pragmatism; Peirce; Dennett; Darwinism; evolutionism; naturalismResumo: O que há com o pragmatismo que desde seu nascimento é considerado perturbador? Lembro-me da observação de Daniel Dennett, em seu Pronunciamento Presidencial da American Philosophical Association, que "muitas pessoas detestam visceralmente o darwinismo". Há algo com o pragmatismo que sempre foi considerado profundamente incômodo, e eu acredito que isso esteja relacionado com o que incomoda as pessoas no darwinismo. Inspirado no tratamento de Dennett, em seu Pronunciamento Presidencial e em seu livro Darwin's Dangerous Idea, da idéia e do impacto da teoria evolucionária, olharei para o pragmatismo sob essa luz e sugerirei que ele pode ser ainda mais ameaçador do que o darwinismo, para os valores tradicionais do ocidente e para a glorificação do individualismo. Sugerirei que o pragmatismo é uma filosofia naturalista que pressupõe um evolucionismo radical e que, tentem o quanto puderem substituir uma crença em um meliorismo exuberante pela fé religiosa, os pragmatistas devem conseqüentemente encarar o fato de que tudo é passageiro e de que a ignorância prevalecerá. Mas, talvez surpreendentemente, isto não é causa para uma perspectiva pessimista. A futilidade, em longo prazo, não é desculpa para o desespero, hoje em dia. Incluirei, entrelaçada com estes temas algo didáticos, alguma comparação da filosofia parcimoniosa de Dennett com as visões dos pragmatistas originais, especialmente com o pragmatismo semiótico de Peirce, e considerarei brevemente se o naturalismo que vem de Quine para Dennett é um ramo neopragmatista que foi amplamente ignorado.Palavras-chave: pragmatismo; Peirce; Dennett; darwinismo; evolucionismo; naturalism. (shrink)

Na segunda metade do século XIX, o Ceará busca a modernização econômico-social e cultural, seguindo o modelo europeu. No entanto, a sociedade cearense ainda lutava contra as mazelas da seca, a fome e a peste (varíola) e carecia de uma infraestrutura educacional e acadêmica. A inserção da Filosofia em nosso Estado se dará inicialmente nas instituições religiosas católicas (Seminários), num segundo momento, nos meios eruditos, nos periódicos das agremiações literárias em atividade. Nestas agremiações se propagavam os movimentos filosóficos predominantes do (...) século XIX, tais como Ecletismo, Positivismo e Evolucionismo. A Academia Francesa (fundada em 1872) é um marco das ideias filosóficas no Ceará, nela destacamos a figura de Rocha Lima (1855-1878), precursor do Positivismo no Ceará, junto a Capistrano de Abreu, Araripe Junior e outros, promovendo ideias liberais e progressistas no periódico maçom A Fraternidade, em confronto com a mentalidade tradicionalista católica do jornal A Tribuna Católica. Já o Clube Literário (1886) era formado por um grupo de eruditos que publicava regularmente o periódico A Quinzena (1887-1888), de cujos membros destacamos o filósofo Raimundo de Farias Brito (1862-1917). Farias Brito afirma-se como um pensador singular, representando a ânsia por um pensamento autêntico e autônomo, contrastando com os modismos intelectuais da época. Nossa pesquisa pretende resgatar a importância destas agremiações, enfatizando o lugar central que ocuparam na divulgação e debate das ideias filosóficas do final do século XIX em Fortaleza, destacando as figuras dos filósofos Rocha Lima e Farias Brito, como expoentes de destaque desses movimentos no campo da Filosofia. (shrink)

En este trabajo, a partir de un repaso de la hipótesis Nietzsche en la concepción foucaulteana de la genealogía del poder y de la constitución de los Estados modernos, se trata de ver de cerca el �caso Argentina�, en alguno de los autores fundacionales, en especial la impronta de la recepción sociobiológica que permitió la configuración ideológica de las principales instituciones estatales en la llamada �generación del ´80�. El evolucionismo fue la herramienta científica, el discurso debajo del cual se (...) encubrieron los intereses políticos por higienizar el cuerpo social, para someter cuando no exterminar a las �razas inferiores�, a los gauchos, indios, negros y sirvió para legitimar las políticas de sojuzgamiento, dominación y aniquilamiento de los sectores sociales que resultaban superfluos en el nuevo orden. (shrink)

En los últimos treinta años del s. XIX y los primeros del s. XX se produjeron algunas de las polémicas científicas y políticas sobre el evolucionismo más vigorosas que se recuerden en cada país. El propósito de esta obra, que incluye algunos de los diálogos polémicos efectuados sobre todo en Bolivia y México, es doble: por una parte, contribuir a la reelaboración del modelo de estudio de la transmisión de las ideas científicas, utilizando el evolucionismo como estudio de (...) caso y, por otra, recrear y analizar los diálogos y antidiálogos, los personajes, las instituciones, los textos y contextos de este período en diversos países de Iberoamérica. (shrink)

Es incuestionable el hecho de la evolución, así como la admisión de una realidad previa de la cual partir, sea creada o no. Pero luce cuestionable el mecanismo de la evolución en clave de “selección natural” cuando se la entiende como netamente naturalista. El evolucionismo darwinista no tiene fundamento suficiente para afirmar que las especies evolucionan de modo totalmente aleatorio y sin finalidad definida. Los más recientes descubrimientos socavan los cimientos del darwinismo (J. Enrique Cáceres-Arrieta), y nos hablan de (...) un Diseñador creando el universo de la nada en un tiempo finito y aceptando la evidencia del Big-Bang (William Lane Craig). Otros tipos de evolucionismo, aunque rechazan la teleología, admiten sin embargo, la teleonomía, que no es incompatible con la tesis agustiniana del “creacionismo evolutivo”. En estos tipos de evolucionismo sí cabe una tendencialidad antrópica como la defendida por Agustín, a través de sus razones seminales-causales y de los distintos modos de creación derivados de aquel “simul et in ictu” creacional. Las distintas creaciones virtuales, también simultáneas y derivadas de la creación propia “ex nihilo”, no implican que sean efectivas “simul” también las especies o prototipos. Una cosa es el hecho de la creación simultánea y otro el de su real y existencial efecto en el tiempo. En esta idea encontramos la fundamentación para defender un creacionismo evolutivo a lo agustiniano, que podría sintonizar con otros evolucionismos al estilo de X. Zubiri, K. Rahner, Pedro Laín Entralgo,… Palabras clave: creacionismo; creacionismo evolutivo; creación virtual; evolucionismo; razón seminal; fixismo (o fijismo); principio o sentido antrópico. Saint Augustine versus Darwin: Evolutionary Creacionism of ‘Seminal Reasons’Evolution is an unquestionable fact, and so is the admission of a previous reality from which to start up, whether created or not. But the mechanism of evolution in terms of “natural selection” does look questionable, when the latter is understood as entirely naturalistic. Darwinist evolutionism has no sufficient grounds to assert that species evolve in a totally random way, without a defined end. The most recent discoveries undermine the foundations of Darwinism (J. Enrique Cáceres-Arrieta), and tell us about a Designer creating the universe out of nothing in a finite time, accepting the big bang theory (William Lane Craig). Other types of evolutionism, while rejecting teleology, do admit teleonomy, which is not incompatible with the Augustinian thesis of “evolutionary creationism”. In these kinds of evolutionism it is indeed possible to speak of anthropic tendencies, as was defended by Augustine by means of his seminal-causal reasons and the different modes of creation derived from that creational “simul et in ictu”. The different virtual creations, simultaneous as well and derived from the “ex nihilo” creation, do not entail that the species or prototypes should also be effective “simul”. One thing is the fact of simultaneous creation; a different one is its real and existential effect over time. In this idea we find the grounds on which to defend an Augustinian-like evolutionary creationism, which might be compatible with other types of evolutionism like those of X. Zubiri, K. Rahner, Pedro Laín Entralgo,… Keywords : Creationism;Evolutionary Creationism; Virtual Creation; Evolutionism; Seminal Reason; Fixism; Anthropic Sense or Principle. (shrink)

Resumen: En este artículo se estudia la dimensión estética de prácticas denominadas artísticas, que no fueron concebidas dentro de los cánones clásicos europeos del “Arte”. Nos centramos en el problema disciplinar que se genera al separar las prácticas estéticas -es decir todas aquellas manifestaciones sensibles- de culturas no-europeas de aquellas que sí pertenecen a los cánones académicos o institucionales de tradición europea; las primeras perteneciendo al ámbito de la antropología y arqueología y las segundas al arte y la estética. Sostenemos (...) que estas divisiones epistemológicas se fundamentan en parte en los prejuicios civilizatorios que tomaron fuerza con el evolucionismo social y que dividieron como categorías separadas lo “civilizado” de lo “primitivo”, relegando sobre todo esta última al ámbito de estudio científico. Sin embargo, se resaltan en este artículo aquellas vertientes de pensamiento que, desde las humanidades de tradición europea, se pueden entretejer con las agencias y significados que yacen detrás de las prácticas estéticas transculturales. Abstract: This article studies the aesthetic dimension of so-called artistic practices, which were not conceived within the classical European canons of “Art”. We focus on the disciplinary problem generated by separating aesthetic practices -that is, all those sensitive manifestations- of non-European cultures from those that do belong to the academic or institutional canons of European tradition; the former belonging to the field of anthropology and archaeology and the latter to art and aesthetics. We argue that these epistemological divisions are based in part on the civilizational prejudices that gained strength with social evolutionism and that divided the “civilized” from the “primitive” as separate categories, relegating the latter mainly to the realm of scientific study. However, this paper highlights those strands of thought that, from the humanities of European tradition, can be interwoven with the agencies and meanings that lie behind transcultural aesthetic practices. (shrink)

: The essay explores how C. S. Peirce, especially in his mature thought, addressed the question of meaning. It underscores how he not only took meaning to be at bottom a function of our habits but also how he conceived these habits themselves to be functions of the histories in which they originate and operate. Hence, what I propose here is this: One of the most fruitful ways to interpret Peirce's own contribution to this question is to see his efforts (...) as carrying forward the impetus intensified by Hegel and Darwin's emphasis on temporality and historicity.In Part One of this paper , I suggest how Peirce approaches the question of meaning primarily in reference to what I call the drama of self-correction. Moreover, his approach is explicitly related to his pragmatism, semeiotic , and phenomenological doctrine of categories. Finally, the historical development of his own reflections on this question is taken to provide a basis for an historicist interpretation of his mature position. In Part Two , I propose that the metaphor of a route provides a corrective to the excessively formal and indeed formalistic interpretations of Peirce's theory of signs still dominating the discussion of this theory. Routes are understood here not as antecedently fixed paths, but as historically emergent and alterable trajectories defined by the movements of travelers. In conjunction with this emphasis I explore several distinct senses in which both beliefs and signs are what agents go on. Such reflections are articulated for the purpose of facilitating a deeper understand of not only what Peirce meant by meaning but also what we might mean by this elusive term.Key-words: Meaning. Sign. Interpretant. History . Pragmatism . Evolutionism. Intuition. Self-correction .Resumo: O ensaio explora como C. S. Peirce, particularmente em seu pensamento maduro, abordou a questão do significado. Ressalta como ele não apenas tomou significado como, basicamente, uma função de nossos hábitos, mas também como ele concebeu esses próprios hábitos como funções das histórias nas quais se originam e operam. Assim, o que proponho aqui é o seguinte: Uma das formas mais fecundas de interpretar a própria contribuição de Peirce a essa questão é ver seus esforços como levando adiante o ímpeto intensificado pela ênfase dada por Hegel e Darwin à temporalidade e à historicidade.Na Primeira Parte deste trabalho , sugiro como Peirce aborda a questão do significado principalmente em referência ao que eu chamo de drama da autocorreção. Ademais, sua abordagem está explicitamente relacionada ao seu pragmatismo, a sua semiótica e sua doutrina fenomenológica das categorias. Finalmente, o desenvolvimento histórico das suas reflexões sobre essa questão é considerado como base para uma interpretação historicista de sua posição madura. Na Segunda Parte , proponho que a metáfora de um caminho proporciona uma correção às interpretações excessivamente formais, e, até mesmo, formalísticas, da teoria dos signos de Peirce que ainda dominam a discussão dessa teoria. Os caminhos devem ser entendidos aqui não como rotas pré-fixadas, e sim como trajetórias historicamente emergentes e alteráveis, definidas pelos movimentos dos viajantes. Juntamente com a ênfase, exploro alguns sentidos distintos, nos quais tanto as crenças como os signos são aquilo em que os agentes se fundamentam. Essas reflexões são articuladas com a finalidade de facilitar um entendimento mais profundo não só do que Peirce quis dizer com significado, mas também o que nós queremos dizer com esse termo indefinido.Palavras-chave: Significado. Signo. Interpretante. História . Pragmatismo . Evolucionismo. Intuição. Autocorreção. (shrink)

Resumo: Nas poucas referências explícitas de Nietzsche ao biólogo alemão Ernst Haeckel, há uma clara rejeição de seu pensamento biológico e cultural. O objetivo deste artigo é propor que, apesar da pequena quantidade de citações diretas, os ataques de Nietzsche a Haeckel constituem um intenso antagonismo entre eles e inserem-se no contexto das críticas nietzschianas contra a formação e a cultura alemãs e contra a condição metafísica da ciência. O texto apresenta quatro aspectos do antagonismo entre Nietzsche e Haeckel: das (...) Darwinismus de Haeckel; a influência de Haeckel sobre David Strauss; a inclusão do evolucionismo científico no currículo na Alemanha; e o conflito entre Ludwig Rütimeyer e Haeckel.: In Nietzsche's few explicit references to German biologist Ernst Haeckel, there is a clear rejection of his biological and cultural thinking. The aim of this article is to propose that, despite the small amount of direct mentions, Nietzsche's criticism of Haeckel constitute an intense antagonism between them and are part place of the context of Nietzschean censure against the German education and culture and against the metaphysical condition of science. The text presents four aspects of the antagonism between Nietzsche and Haeckel: Haeckel’s Das Darwinismus; Haeckel's influence on David Strauss; the inclusion of scientific evolutionism in the curriculum in Germany; and the conflict between Ludwig Rütimeyer and Haeckel. (shrink)

Este artigo expõe elementos da doutrina epistemológica de Charles S. Peirce (1839-1914), denominada Falibilismo. Procura-se evidenciar como tal doutrina se desenvolve do interior de teorias metafísicas do autor, a exemplo de seu Evolucionismo e da estrutura categorial da Realidade, formando um dueto com sua concepção ontológica de Acaso. Em verdade, o Falibilismo configurar-se-á como a doutrina que é conseqüência do indeterminismo de dupla face de Peirce, a saber, simultaneamente ontológico e epistemológico.