Abstract
Músicas em cinema são potências afetivas capazes de reconfigurar o espaço e promover novos universos sensíveis que mobilizam tanto os corpos em cena quanto os corpos dos espectadores. Buscamos no presente trabalho observar como se dão essas potências quando apropriadas por sensibilidades dissidentes. De que formas a música pode mobilizar afetos capazes de erigir um outro espaço, ou uma heterotopia dissidente. A partir de uma discussão sobre música, dança e heterotopia ligados à experiência estética, analisamos momentos musicais do longa-metragem Tatuagem (Hilton Lacerda, 2013), observando de que formas os corpos em cena engendram performances que demonstram novas formas de agir ética, estética e politicamente frente ao mundo e suas normas.