Abstract

O artigo debate a intensificação de uma cultura de especulação sobre artistas musicais nas redes sociais digitais como traço fundamental do consumo da música pop. Aponta para a noção de capital especulativo como um ativo sobre o qual artistas musicais se movem no mercado musical e do entretenimento a partir do agenciamento de um regime performático autorreferente e codificado nas práticas de fãs. Evidencia que videoclipes seriam territorialidades dramáticas em que performances audiovisuais em rede conectam estratégias mercadológicas e de consumo cultural, apontando para rasuras ficcionais que colocam em cena dramas sociais na cultura pop. Postula-se que as metodologias de Estudos de Performance são fundamentais para enquadramentos analíticos e clivagens conceituais.