Abstract
Esse artigo tem por objetivo elaborar uma análise da questão da subjetividade em Heidegger como principal estrutura do mundo moderno. Para tanto, trataremos das principais características que configuram a época moderna e como essas características apresentam, como elemento comum e determinante, o critério de verdade. Discutiremos como a concepção de verdade foi gestada na metafísica clássica e consolidada com a ciência moderna, a partir da subjetividade técnico-científica. As principais obras estudadas para construir nosso percurso discursivo são: “O tempo da imagem do mundo” (2012); Meditação (2010); A Questão da Técnica (2008); Sobre a essência da verdade (1983). O estudo dessas obras foi apoiado por alguns comentadores que referenciamos no decorrer do texto. A análise dessas obras nos permitiu intercruzar algumas reflexões de Heidegger acerca da construção e desdobramento das estruturas do mundo moderno e, consequentemente, compreender a atuação imperiosa do ser humano sobre a natureza. Nesse sentido, esse artigo procura contribuir para compreendermos o processo de edificação do mundo moderno e, consequentemente, pensarmos alternativas possíveis de reestruturação de suas bases, e, portanto, novas formas de atuar sobre o mundo. Formas essas, que não sejam apenas pelo viés da exploração e dominação, mas através de uma interação mais autêntica, empática e respeitosa com os diversos modos de existência.