Butler leitora de Beauvoir: o gênero como ato performativo

Griot : Revista de Filosofia 20 (3):16-38 (2020)
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Abstract

Entre Beauvoir e Butler, questionaremos se o tornar-se mulher instaura a distinção entre sexo e gênero, convertendo-se num modo de aculturação que, aquém dos diferenciais anatômicos, designa uma performance em transformação. De Beauvoir, veremos: situada, a subjetividade se estabelece entre a civilização e as relações intercorpóreas. Assinalando a mulher como o segundo sexo, Beauvoir ratifica a ambiguidade como fator humano, tecendo reflexões à liberdade, opressão, reconhecimento e condição feminina. Disto, é interpelando Beauvoir que Butler interroga os gêneros. Rastreando no tornar-se mulher o uso incipiente do gênero, Butler sugere revisões às noções fenomenológicas de sujeito, corporeidade, situação e diferença sexual. Fomenta uma concepção performática onde o gênero é um constante devir. Descreve como se constituem os gêneros, considerando que não existem gêneros ideais. Assim, tornar-se gênero significa que, enquanto corpo, o dramatizamos e estilizamos. Crítica, esta performance personifica um modo de agir onde repetição, inovação, necessidade e contingência são ressignificáveis.

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