O gênero epistolar: diálogo per absentiam

Discurso 31:329-346 (2000)
  Copy   BIBTEX

Abstract

Definida desde Cícero como “diálogo entre ausentes” a epístola tem um lugar destacado entre os gêneros em prosa da Antiguidade, justificado na preceptiva humanista não só quanto ao seu estilo, disposição e tópicas, como principalmente quanto ao modo de imitação. Concebida como “a metade de um diálogo'` (Poliziano, Tasso), a partir de Erasmo e de Vives a epístola é tida como uma produção letrada, pública, apta a ser colecionada em epistolários. É neste sentido que se torna um dos gêneros diferenciadores do Renascimento e reconhecido como aquele que com mais perfeição e viveza imita a conversação entre amigos ausentes ( sermu amicorulm absentium ). O modo de escritura em primeira pessoa aparece então como partícipe daquele diálogo, da confissão e da lírica, como o mais adequado para a exposição ético-patética de matérias “graves” entre iguais. O estudo, a análise e a interpretação de epístolas e cartas do século XVII, assim, não prescindem das considerações de gênero que a informam e pelas quais se constituem como tal

Other Versions

No versions found

Links

PhilArchive



    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 101,551

External links

Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Analytics

Added to PP
2013-11-23

Downloads
67 (#316,098)

6 months
10 (#415,916)

Historical graph of downloads
How can I increase my downloads?

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

No references found.

Add more references