Abstract
Neste texto, procuro encontrar as origens de um dos mais importantes conceitos de Gilles Deleuze, o conceito de Imagem-tempo. Este conceito remete-nos para os primeiros textos de Deleuze dedicados à filosofia de Espinosa e ao problema do autómato espiritual e relaciona-se directamente com o problema da passividade/actividade do espectador. Ou seja, o conceito crucial na sua filosofia do cinema, a Imagem-tempo, esconde uma importante reflexão sobre a Imagem cinematográfica como arte de massas, os (im)poderes do pensamento e o modo fascista de se pensar. This text seeks to find the origins of one of the most important of Gilles Deleuze's concepts, the concept of Time-image. This concept leads us to his first texts regarding Spinoza's philosophy and the problem of the spiritual automaton, and concerns directly with the problem of passivity/activity of the film goer. That is to say that the crucial concept of his film philosophy, Time-image, hides a fundamental consideration on the cinematic image as a mass art, the (un)powers of thinking and the fascist way of thought.