Abstract
RESUMO:Fazer uma abordagem sobre a análise de Nagel sobre o materialismo eliminativo no âmbito da filosofia da mente e, com base nisso, refletir sobre a relação entre ciência e filosofia constituem o objetivo fundamental desse artigo. A nossa abordagem encontra-se organizada a partir de dois momentos. Em primeiro lugar, pretendemos discorrer sobre o materialismo eliminativo, visto que essa corrente de pensamento, no contexto da filosofia da mente, condensa e circunscreve de modo mais explícito as discussões acerca dos problemas da relação mente e cérebro, sob o viés de uma ótica cientificista. Em segundo lugar, tendo em vista os pressupostos teóricos do pensamento de Nagel, o nosso propósito consiste em apontar possíveis problemas, lacunas e limites subjacentes às teses defendidas pelos adeptos do eliminativismo. Ainda, a título de conclusão, pretendemos evidenciar quais as principais implicações para a filosofia, uma vez que esse reducionismo cientificista tende a conceder à ciência ou à explicação científica a última palavra. ABSTRACT:The fundamental aim of this article is to approach Nagel’s analysis of eliminative materialism from the point of view of the philosophy of mind, and, based on this discussion, to reflect on the relationship between science and philosophy. Our approach is organized in two stages. First, we intend to discuss eliminative materialism, since this line of thought, in the context of the philosophy of mind, condenses and circumscribes discussions of the problems of the mind-brain relationship from a scientificist perspective. Second, keeping in view the theoretical presuppositions of Nagel’s thought, our purpose is to point out possible problems, gaps, and limitations underlying the theses defended by supporters of eliminativism. In conclusion, we highlight the main implications of this discussion for philosophy, given that scientificist reductionism tends to impart the last word to both science and scientific explanation