Abstract

Pode-se legitimamente afirmar que a Natureza - no conjunto multiforme dos seus objectos - tern sido considerada, ao longo da Historia da Estética, como um motivo central da experiência estética e logo também como objecto de reflexão teórica acerca das modalidades da vivência. Por outro lado, não deixa de ser constátavel um processo em que, de um modo paulatino, se tem vindo a secundarizar aquela tematica, sobretudo a partir da Estética - ou melhor da Filosofia da Artc - de Hegel. Neste trabalho procuramos mostrar a retoma dessa instância da Natureza como sujeito e horizonte de fundo da experiência estética da própria arte, centrada na obra de um dos autores cimeiros do pensamento estético contemporâneo - Mikel Dufrenne; e de como a reposição dessa instância renova no discurso estético um perfll metafisico. /// On peut légitimement affirmer que la Nature - dans l'ensemble multiforme de ses objets -a été considérée, toute ou long de l'Histoire de l'Esthétique, comme le thème central de l'expérience esthétique de même que comme l'objet de réflexion théorique quant aux modalités du vécu. Par ailleurs, on peut tout aussi bien constaté un processus dans lequel peu à peu cette thématique est passée au second plan, surtout à partir de l'Estriétique - ou plutôt de la Philosophic de l'Art - de Hegel. Dans ce travail nous cherchons à montrer la reprise de cette instance de la Nature comme sujet et horizon de l'expérience esthétique de l'art même reprise centrée sur l'oeuvre de l'un des auteurs clé de la pensée esthétique contemporaine - Mikell Dufrenne; on verra comme la reprise de cette instance renouvelle dans le discours esthétique un profil métaphysique. /// We may legitimately say that Nature - in the multiplicity of its objects - has been considered in his History of Aesthetics, as a central ground of aesthetical experience, and also as object of theoretical investigation on the modalities of that experience. On the other hand, a process is at present observed in which, that theme has been slowly considered of secondary importance, mainly after Hegel's Aesthetics - or rather Philosophy of Art. In this paper we try to show how Nature is being rediscovered both as the subject and as the background of aesthetical experience of art itself, mainly in the work of one of the greatest authors in contemporary aesthetical thought -Mikel Dufrenne. It is also claimed that that rediscovery renews the metaphysical dimension of the aesthetical discourse.