Abstract
Este estudo procura mostrar que a estética, não sendo um tema cimeiro do conjunto da produção filosdfica de Levinas, abre contudo uma luz importante para o esclarecimento da noção de il y a - que constitui um dos assuntos primordiais do pensamento do mesmo autor - e logo também, para a posição crltica em que o autor coloca a estética de tradição ocidental e particularmente fenomenológica. Ao mesmo tempo, salienta-se que a embricação da estética na cercania do obscurecimento próprio do il y a, acarreta, para as respectivas temáticas da arte e da experiência estética um decllnio em apresentar a verdade e o sentido; a não ser que se retome a forma como elemento projectante da imanente significação do objecto estético. Neste aspecto é elucidativo o comentário de Mikel Dufrenne de quern fazemos eco. /// Cette étude vise à montrer que l'esthétique, bien que n'étant pas un thème primordial dans l'ensemble de la production philosophique de Levinas, jette toutefois une lumière importante pour l'éclairecissement de la notion de il y a qui constitue un des sujets-clés de la pensée de cette auteur et, par suite également, pour la position critique dans laquelle l'auteur met l'esthétique de la tradition occidentale et particulierement phénoménologique. En même temps on souligne que l'imbrication de l'esthétique dans le voisinage de l'qobscurissement même du il y a entraine pour les problématiques respectives de l'art et de l'expérience esthétique en affaiblissement dans la présentation de la vérité et du sens. A moins qu'on ne reprenne la forme comme élément projetant la signification immanente de l'objet esthétique. A cet égard le commentaire de Mikel Dufrenne est éclairant, commentaire auquel nous faison écho. /// This study seeks to demonstrate that esthetics, thought not a major theme in the work of Levinas considered in its entirety, offers a way of clerifying his notion of il y a, which constitutes in fact an important topic in his thought; it is in function of this theme that Levinas criticizes the treatment of esthetics in the Western tradition in general and, particularly, in phenomenological philosophy. It is stressed that, by inserting of esthetics in the obscuring nature of il y a , there would be a decline in art's and the esthetic experience's capacity to present truth and sense. To avoid this, one thought to reconsider form as the projective element of the esthetic object's immanent meaning. From this viewpoint, Mikel Duffrenne's commentary is especially enlightening, as we hope to have shown here.