Abstract
O artigo tem como objetivo analisar alguns elementos da passagem do jovem Karl Marx, especificamente seus experimentos poéticos influenciados pelo romantismo, ao hegelianismo ainda em meados dos anos de 1837-38 até o início dos anos 40, ou seja, dois anos após ele entrar na universidade e um período pouco tratado pelos estudiosos apologistas ou críticos de sua obra. Buscaremos aqui investigar em que medida essa transição do jovem, a partir de seus 19 para 20 anos, para o hegelianismo – e a forma como essa apreensão se deu – teve influência na constituição de sua concepção posterior, conjuntamente com Friedrich Engels, para a mesma crítica feita à filosofia de Hegel e os grupos pós-hegelianos nos anos seguintes. No final, evidenciaremos não apenas em que medida essa expressão romântica influenciou o modo como o jovem Karl Marx aderiu a filosofia hegeliana, senão também o que se conservou em sua crítica e concepção posterior.