Abstract
This paper traces the seminal notion of khora back to its birthplace text of Plato's Timaeus. At the same time, it develops a critique of Jacques Derrida's reading of khora in the context of apophatism, or negative theology. John Caputo's reading as well as Richard Kearney's criticism of the latter are presented and discussed in this text. Finally, the article suggests that the image of khora could provide continental philosophy with an example of wliat the author calls "Hermeneutics of Hyphenation", where an attempt to overcome the binary structure of traditional metaphysics, especially in our thinking of God, is accomplished. /// O presente artigo traça a genealogia da noção seminal de khora até ao seu local de nascimento no Timeu de Platão. Para além disso, o autor apresenta uma crítica da leitura que Jacques Derrida faz da noção de khora no contexto do apofatistmo, ou teologia negativa. A leitura que desta noção faz John Caputo bem como a crítica que desta por sua vez faz Ri-chard Kearney são igualmente apresentadas e discutidas no presente texto. Por fim, o autor sugere que a imagem de khora pode dotar a filosofia continental europeia com um exemplo daquilo a que neste texto se designa por "Hermenêutica da hifenização", na qual se procede justamente a uma tentativa de superação da estrutura binária própría da metafísica tradicional, particularmente no que se refere ao nosso pensamento acerca de Deus.