Abstract
Pretende a autora do presente artigo estabelecer algumas das condições necessárias a uma ontologia da emergênciaem biologia. A suaanálise confronta o reducionismo e o emergentismo a partir do recente abandono das duas rupturas disciplinares clássicas da biologia realizado, por urn lado, pela biologia molecular, e por outro, pela etologia. Estas duas disciplinas são abordadas nas relações metodológicas e teóricas que estabelecem tanto com a fisico-química como com as ciências humanas. Conclui-se o artigo acentuando a necessidade ontológica da perspectiva emergencial no que toca à definição histórica das operações da ciência, assim como no que respeita à elaboração de uma epistemologia não-contraditória do sujeito bio-social. /// L'Auteur de l'article prétend établir quelques-unes des conditions matérielles nécessaires à une ontologie de l'émergence en biologie. Son analyse confronte le réductionisme et l'émergentisme à partir de l'abandon récent des deux ruptures disciplinaires classiques de la biologie réalisé, d'un côté par la biologie moléculaire, et de l'autre, par l'éthologie. Ces deux disciplines sont abordées dans leurs relations méthodologiques et théoriques avec la physico-chimie et avec les sciences humaines. On conclut en accentuant la nécessité de la perspective emergentielle pour ce qui concerne la définition historique des opérations de la science ainsi que pour l'élaboration d'une épistémologie non-contradictoire du sujet bio-social. /// The author pretends to establish some of the material conditions for an ontology of emergence in biology. Her analysis confronts reductionism and emergentism in molecular biology and ethology, the two disciplines which apparently eliminate biology's classical frontiers. These two disciplines are studied in their methodological and theoretical relations with physical and chemical sciences and twith human sciences. The ontological necessity of the emergence viewpoint is emphasized in what concerns the historical definition of the operations of science, as well as in what matters a noncontradictive epistemology of the bio-social individual.