Abstract
Análise da ascensão do comunitarismo cultural, tal como ele se coloca supranacionalmente diante da repactualização política internacional originária do crash financeiro de 2008. A partir do lócus enunciativo, colocam-se dois enlaces principais, do ponto de vista literário e cultural: para os países de língua portuguesa e ibero-americanos. Tais formulações não restringem políticas de cooperação e de solidariedade, pois que, de acordo com o autor, o mundo configura-se cada vez mais como de fronteiras múltiplas e identidades plurais. O texto, a partir dessas configurações, centra-se no comunitarismo cultural dos países de língua portuguesa, levantando questões de ordem política no sentido de problematizar a atual assimetria dos fluxos culturais e as estratégias de administração da diferença para a preservação de hegemonias estabelecidas.