Abstract
Marx não apenas flertou com o modo de expressão Hegeliano na sua obra O Capital, mas ele próprio pretendia trabalhar o racional da lógica dialéctica de Hegel. O artigo tenta esboçar a inversão de Marx do programa teórico de Hegel mostrando, primeiro, que esta inversão não deve ser entendida num sentido metafísico como programa de um materialismo dialéctico e histórico, como fizeram primeiro Engels e depois o marxismo tradicional. Em segundo lugar, será demonstrado que a inversão de Marx do programa teórico de Hegel toma mais emprestado a este último do que é normalmente assumido, em particular Marx partilha a crítica de Hegel à concepção instrumental do conhecer que está subjacente ao cepticismo metodológico em relação ao conhecer na filosofia e ciência moderna e contemporânea. O artigo defende uma renovação do marxismo com base num Hegel-marxismo.