Abstract
A abstração foi tradicionalmente considerada um elemento essencial de qualquer teoria do conhecimento que negasse que somos capazes de possuir uma apreensão intelectual imediata das coisas materiais. Desde um ponto de vista histórico, porém, esse cenário de alternativa – ou abstração ou apreensão intelectual imediata das coisas materiais – não foi assumido por diversos autores do século XIV. O objetivo do presente estudo é elucidar o como e o porquê de um desse s autores, Guilherme de Ockham (ca. 1285-1347), ter empregado ambos, intuição e abstração, em sua teoria dos mecanismos da cognição humana. Para que se cumpra tal meta serão analisados diversos texto s de Ockham e de seus intérpretes