Abstract
Esse trabalho discute o quanto a cultura dos jogos digitais acaba mantendo-se enquanto um campo que, embora aparentemente acessível e democrático, se centra em uma experiência voltada para as vivências de homens, heterossexuais, brancos e cissexuais. Utilizando-se de conceitos provenientes da teoria crítica (principalmente da Escola de Frankfurt), ponderamos o quanto a compreensão clássica de “círculo mágico” acaba por decorrer na manutenção de uma compreensão de “diversão” calcada em uma compreensão de “anti-política”. Dessa maneira, os jogos digitais mainstream acabam mantendo culturas e comunidades baseadas manutenção do status quo identitário e de uma ideologia neoliberal de mercado.