Abstract
Este artigo propõe analisar a importância do niilismo na filosofia de Nietzsche. Para tanto, privilegia as obras preparadas para publicação pelo próprio autor, em especial, Genealogia da Moral. Com isso, destaca-se as implicações que o tema possui na filosofia de Nietzsche, a partir de uma crítica genealógica destinada a avaliar o sentido do valor conferido ao nada. Atribui-se à crise do “niilismo europeu” uma lógica que preside a décadence cultural do Ocidente, baseada em uma relação dinâmica entre o ideal ascético e a vontade de nada. Nesse sentido, considera-se que o niilismo pode se referir à expressão de uma lógica que as pretensões filosóficas de Nietzsche elevam à extrema radicalidade.