Abstract
O presente texto pretende esboçar a leitura de uma teoria do acontecimento no “último Althusser”, a partir de dois textos de capital importância no conjunto de sua obra póstuma: Machiavel et nous e Le courant souterrain du matérialisme de la rencontre. No primeiro texto, Althusser busca através da análise do pensamento do secretário florentino refletir uma teoria da práxis da transformação política; enquanto no segundo ensaio, procura empreender a tarefa de construir genealogicamente uma corrente materialista onde o primado ontológico do encontro substitua a teleologia do materialismo dialético. A partir destes pontos, gostaríamos de buscar uma leitura compositiva dos dois textos, no sentido de percebermos se é possível ler na ontologia althusseriana do materialismo do encontro e em sua interpretação de Maquiavel uma teoria do acontecimento.