Abstract
: In this paper I argue that Velmens’ reflexive model of perceptual consciousness is useful for understanding the first-person perspective and sentience in animals. I then offer a defense of the proposal that ray-finned bony fish have a first-person perspective and sentience. This defense has two prongs. The first prong is presence of a substantial body of evidence that the neuroanatomy of the fish brain exhibits basic organizational principles associated with consciousness in mammals. These principles include a relationship between a second-order sensory relay, the preglomerular complex, and the fish pallium which bears a resemblance to the relationship between the mammalian thalamus and the neocortex, the existence of feedback/feedforward and reentrant circuitry in the pallium, and structural and functional differences among divisions of the fish pallium. The second prong is the existence of behaviors in fish that exhibit significant flexibility in the presence of environmental change and require relational learning among stimuli distributed in space, over time, or both. I conclude that, although they are instantiated differently, a first-person perspective and sentience are present in fish. Resumo: Neste artigo, argumento que o modelo reflexivo de consciência perceptiva de Velmans é útil para se entender a perspectiva de primeira pessoa e a sentiência em animais. Em seguida, ofereço uma defesa da proposta de que os peixes ósseos com nadadeiras raiadas tenham sentiência e perspectiva de primeira pessoa. Esta defesa tem dois momentos. O primeiro ponto é a presença de um corpo substancial de evidências de que a neuroanatomia do cérebro de peixes exibe os princípios organizacionais básicos associados à consciência em mamíferos. Esses princípios incluem a interação entre um relê sensorial de segunda ordem e o pálio, os quais apresentam, respectivamente, estreita semelhança com o tálamo e o neocórtex dos mamíferos; a existência de circuitos de retroalimentação e reentrada, assim como diferenças estruturais e funcionais entre as divisões do pálio. A segunda questão é a existência de comportamentos de peixes que exibem flexibilidade significativa na presença de mudanças ambientais e requerem aprendizado relacional entre estímulos distribuídos no espaço, ao longo do tempo, ou ambos. Concluo que, embora sejam instanciados de maneira diferente dos mamíferos, uma perspectiva de primeira pessoa e sentiência estão presentes nos peixes.