Abstract
Já tivemos a oportunidade de colocar, após uma reflexão sobre a Geografia, o que inclui necessariamente o ensino, pois, o seu prestígio resulta de sua institucionalização escolar, que caberia a nós, professores de Geografia, a elaboração de um contra-discurso. Se falamos em contra-discurso, é porque sentimos a necessidade de mudança na maneira como se ensina tradicionalmente a Geografia. Lacoste é claríssimo: de modo geral, a Geografia escolar (e os respectivos livros didáticos) se limita (m) a “ensinar sem compreender”. Ou seja, os alunos são obrigados a estudar esta disciplina mesmo sem compreendê-la. Evidentemente, isso não faz sentido, considerando-se que ela deveria – e pode, efetivamente – contribuir decisivamente para uma compreensão crítica de realidade, por parte do educando. Porém, a necessidade de um contra-discurso geográfico advém do seguinte: o discurso geográfico, seja o veiculado pelos meios de comunicação, o dos professores, é essencialmente ideológico. Nossas atenções se voltam especificamente para o discurso escolar, ideológico no sentido de que lhe coube, historicamente, “passar” a ideia de pátria. [...] Palavras-chave: Geografia; Ensino; Discurso; Livros didáticos.