Abstract
O artigo investiga os trabalhos iniciais de Marx, procurando reconstruir o movimento de formação de seu pensamento político, primeiro passo de constituição do materialismo histórico. Para tanto, toma-se como ponto de partida a crítica marxiana à Filosofia do Direito de Hegel, mais precisamente, à forma como este filósofo concebe a relação entre Estado e sociedade civil. Na sequência, trata-se de elucidar os principais desdobramentos dessa crítica, quais sejam: o problema da emancipação humana e o fim do Estado. Ambos se articulam na perspectiva de reconciliar o indivíduo consigo mesmo, reabsorvendo a esfera política no âmbito da vida prática. Este é o sentido que o pensamento de Marx assume na sequência, aprimorando, mas jamais rejeitando essas teses iniciais.