A dialogicidade da estética peirciana

Cognitio 24 (1):e62147 (2023)
  Copy   BIBTEX

Abstract

Este artigo explora a dialogicidade do objeto da Estética Peirciana. Seguindo Herbart, o pragmaticista americano, em seu relato mais maduro (1911), concebe a Estética como uma ciência que lida com os dois tipos de τὸ καλόν, a saber, com a nobreza da conduta (realizada na ação) e com a beleza sensual (experimentada na arte natureza), embora predilete sistematicamente pela primeira, isto é, pelo estudo das condições da imaginação de um fim último admirável em si mesmo (considerando assim o fim esteticamente em sua primeiridade, como uma qualidade possível) e que é pressuposto no estudo das condições de sua atualização como summum bonum (considerando assim o fim eticamente em sua segundidade, como norma que fundamenta relações diádicas de conformidade de conduta autocontrolada a ele). Como a (des)aprovação estética dos fins revela o fundamento último de imaginar a unidade de uma possível identidade prática, a Estética revela as condições de uma liberdade interior que torna a conduta autogovernada possível em primeiro lugar; não, porém, como dado transcendental, mas como resultado de práticas pedagógicas (Seção I). Em seguida, analisamos como a dialogicidade estética se origina da postura de primeira pessoa da questão fundamental que ela faz: “[O] que estou procurando?” (II.1); diferenciamos os partidos, fases e pressupostos dessa dialogicidade (II.2), e analisamos o papel de um ideal – em sua concretização metodológica como hábito de se sentir “crescido sob a influência de um curso de autocrítica e de heterocríticas” – joga pela causalidade semiótica envolvida na formação da conduta (II.3).

Other Versions

No versions found

Links

PhilArchive



    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 101,394

External links

Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Similar books and articles

A Simbiose Entre Filosofia E Ciência: as possibilidades em Arthur Schopenhauer.Ramonn Alves - 2022 - REVISTA APOENA - Periódico dos Discentes de Filosofia da UFPA 4 (7):23.
A obra de arte como objeto comum.Filipe Ferreira Pires Völz - 2017 - Griot : Revista de Filosofia 15 (1):301-323.

Analytics

Added to PP
2023-07-17

Downloads
16 (#1,192,407)

6 months
5 (#1,042,355)

Historical graph of downloads
How can I increase my downloads?

Author's Profile

Alessandro Topa
American University in Cairo

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

No references found.

Add more references