Abstract
A diatribe de Hamann contra os pretensos dogmas do Iluminismo representa uma advertência ainda pertinente no que diz respeito às ilusões que podem acometer a reflexão filosófica, sobretudo hoje, numa época em que o linguajar algorítmico próprio de alguns segmentos da ciência mostra-se propenso a abocanhar fatias cada vez maiores do nosso imaginário. Ao menos é isso o que reivindica o presente ensaio ao reconstruir as diatribes de Hamann contra um de seus contemporâneos para, em seguida, imprimir-lhes um novo fôlego ao trazê-las para o contexto de discussões contemporâneas sobre o alcance e o papel da razão na vida humana.