Abstract
Este artigo objetiva explicitar, a partir da relação riqueza e pobreza, como se origina a desigualdade social no contexto da sociedade civil em Hegel, bem como, compreender como se dá sua superação no âmbito do Estado hegeliano. Nesse trabalho partimos de uma abordagem acerca da dinâmica de produção da riqueza na sociedade civil e de suas implicações na origem da desigualdade social e da pobreza nesse sistema econômico e social. Para tanto, adotamos como procedimento metodológico, o método filosófico do autor, o qual nos leva a compreensão do movimento das categorias lógicas que vai do indeterminado e abstrato ao determinado e concreto. É esse, portanto, o método dialético-especulativo desenvolvido por Hegel em sua Ciência da Lógica. Na continuidade de nossa investigação evidenciamos que a desigualdade social é fruto da concentração de riquezas na sociedade civil, cuja consequência imediata é um quadro de pobreza e miséria, onde uma parcela significativa dos indivíduos dessa sociedade tem seus direitos negados. Daí se adotar a hipótese de que a superação dessa desigualdade só é possível, no âmbito do Estado onde se dá o equilíbrio de direitos e deveres.