Abstract
A liberdade comunicativa constitui um pressuposto essencial da teoria do agir comunicativo, de Habermas. Ela tem a ver com a possibilidade de uma pessoa se posicionar criticamente quanto a pretensões de validade de um interlocutor, as quais acompanham inevitavelmente exteriorizações linguísticas. Este conceito se liga internamente ao de autoria responsável e de vontade livre. O presente artigo pretende chamar a atenção para a relevância dessa concepção de liberdade em duas esferas: em primeiro lugar, na área das pesquisas sobre o genoma humano, sobre neurônios e sobre o cérebro humano, etc.; em segundo lugar, nos debates sobre as possibilidades e percalços de uma nova concepção de sociedade democrática.