Abstract
Ernst Bloch desenvolveu uma teoria na qual a dualidade entre a história humana e natureza pode ser superada e compreendida desde sua unidade originária. Bloch insere o ser humano na natureza de tal modo que, simultaneamente, se torna possível conceber a história humana como constitutiva do devir processual da mesma. Com isto, na medida em que o devir da natureza é concebido numa perspectiva aberta, constitui-se a possibilidade de entendimento da ação humana enquanto produção da própria natureza. As possibilidades da práxis humana ampliam-se, assim, tanto qualitativa quanto quantitativamente. O confronto com a compreensão da relação entre natureza e história em Hegel e Heidegger é um recurso usado para explicitar a especificidade da posição de Ernst Bloch..