Abstract
A discussão filosófica contemporânea acerca dos conflitos sociais se encontra pautada pelas contrariedades da configuração política atual que, um tanto quanto não encerrada exclusivamente pelos conflitos de classe, se manifesta sob o signo do não reconhecimento de diferenças culturais, de gênero, de raça, étnicas e de orientação sexual. É nesse sentido que se justificam as tentativas de atualização de um modelo teórico que centralize a noção de reconhecimento, tal como fizera o jovem Hegel, para a compreensão dessas novas lutas sociais. Portanto, neste artigo procurou-se examinar a influência do pensamento do jovem Hegel na elaboração da teoria do reconhecimento de Axel Honneth, o principal sistematizador de uma atualização do modelo hegeliano, tendo por objetivo evidenciar a importância de se examinar as fontes teóricas que propiciaram o instrumental categorial do reconhecimento.