Abstract
Este artigo trata de dois eixos epistêmicos, a saber, a questão da parresía em Foucault e a questão da relação mestre-discípulo no estoicismo. Para tanto, propomos a problematização das dimensões históricofilosóficas que circundam a relação entre mestre e discípulo sustentada pelos conceitos gregos: conhecimento de si (gnôthhi seauton) e cuidado de si (epimeleisthai seauton). Mostramos como a coragem da verdade emerge dessa injunção, atravessando o governo do outro. Essa articulação nos lança a uma hermenêutica de si, o que nos permite refletir sobre modos parresiásticos de nosso tempo. PALAVRAS-CHAVE: Parresía; Mestre-Discípulo; Conhecimento de Si; Cuidado de Si; Governo do Outro; Hermenêutica de Si, Verdade.