Abstract

O artigo volta-se a uma atualização da questão das relações entre o gênero faroeste e o mito antigo, recolocando-a diante do assim chamado metawestern e das retomadas irônicas à lá Tarantino. Os referenciais teóricos revisitam as teses clássicas de Mircea Eliade sobre a persistência do sagrado mitológico nas culturas modernas e detêm-se nas reflexões igualmente clássicas de André Bazin sobre a índole mitológica do western, enfatizando a tese elegante do autor segundo a qual essa índole se preserva nas muitas transformações do gênero, quando ele se estetiza e passa a se envergonhar de si.