Abstract
Este trabalho tem o propósito de apresentar uma concepção republicana de democracia que não é uma democracia participativista nos moldes de Rousseau, que defendeu uma democracia direta, tampouco é uma democracia liberal que resume a participação ao sufrágio. Iremos argumentar que a democracia defendida dentro do republicanismo de Philip Pettit, entendida como democracia bidimensional, por ser ao mesmo tempo eleitoral e contestatória, é não só compatível com a defesa da liberdade, mas, também e, sobretudo, guardiã da mesma.