Abstract
O presente artigo pretende analisar a categoria reconhecimento nas filosofias de Charles Taylor e Axel Honneth. O tema em questão apresenta relevância na contemporaneidade pelo fato da existência de grupos sociais, entidades ditas minoritárias que desejam mais espaços públicos de discussão a fim de terem seus direitos reconhecidos, efetivados. Nesse sentido, faz-se necessário inserir na discussão dois autores atuais que tratam do assunto reconhecimento em seus sistemas filosóficos. Não por acaso que o fio condutor adotado neste escrito são os escritos juvenis de Hegel em Iena. Isso porque a filosofia deste autor alemão traz a intersubjetividade como elemento central na presente discussão. Dito de outro modo, a construção especulativa desta mediação propicia a efetivação da ideia de liberdade e, consequentemente, a possível concretização da ideia de vida ética comunitária. Nesse ponto, os autores contemporâneos se aproximam no que tange a essa tentativa de analisar as mediações desse tipo de reconhecimento para a sociedade atual. Ainda assim, os mesmos possuem algumas diferenças que a presente argumentação pretende desenvolver.