Abstract
O presente trabalho procura analisar o conceito de animalidade empregado por Heidegger em sua obra Os Conceitos Fundamentais da Metafísica, com o objetivo de examinar os pressupostos antropocêntricos que estariam por trás de sua investigação. Para tanto, partimos de uma breve consideração sobre o procedimento metodológico por ele empregado, o qual permitiria ao filósofo manter uma série de concepções prévias tomadas sem maiores esclarecimentos. Em seguida, analisamos a crítica segundo a qual Heidegger manteria um antropocentrismo típico da tradição filosófica, não tendo sido capaz de avançar nesse aspecto em relação aos filósofos que o precederam. Por fim, investigamos a crítica de Derrida, exposta em sua obra De l'esprit, a partir da qual podemos extrair as possíveis consequências que tal antropocentrismo acarreta para a filosofia heideggeriana.