Abstract
Este artigo pretende realizar uma breve exposição acerca da crítica de Levinas à tradição filosófica até então vigente, cujos espectros, desdobramentos e necessidades giram ao redor e se sustém no alicerce da Razão ou do ser. Tal postura pode ser observada mesmo no início da filosofia ocidental, aponta Levinas, com Sócrates e a maiêutica, ou mais ainda, com os filósofos da physis e sua busca por um arché, o princípio regulador de todas as coisas. Haveria uma espécie de relação com o conhecimento e o intuito “controlar” e ocultar nossas próprias fraquezas perante o desconhecido. Levinas rompe com a tradição, buscando colocar o humano no cerne da questão, bem como a investigação acerca da pulsão anterior à toda tematização, oriunda da alteridade radical.