Abstract
Este artigo se debruça sobre as relações entre palavra e objeto por meio do boato a partir da obra Leviatã: (vértebras de baleia tripartida em azul e vermelho) Modular/Tripartir de 2016. A partir da análise de obras e escritos de artistas como Maria Ivone dos Santos, Claudia Zimmer e Marcel Duchamp, que lidam com questões da ordem do nominal, do titular ou do textual em relação ao objeto artístico, discute-se aqui o papel que a palavra exerce de índice de indeterminação para um alargamento da experiência artística e para migração do regime do apenas visível para o legível através do boato: pequenas peças escritas – a exemplo das apercebenças de Georges Didi-Huberman –, de fraca confinação em nenhum gênero específico e que se relacionam de forma frouxamente próxima com a materialidade da escultura.Palavras-chave: Fercho Marquéz-Elul. Palavra. Objeto. Boato. Escrita.