Abstract
Em Empirismo e subjetividade (1953) Gilles Deleuze irá afirmar que o principal problema do pensamento de Hume é determinar de que modo o espírito devém sujeito. Tomamos essa distinção geral no pensamento humeano para, a partir daí, efetuarmos distinções específicas que colocam em lados distintos animais humanos em sua vida na linguagem e na cultura e certos animais humanos cujos modos de vidas não se conformam aos gabaritos de um padrão majoritário e hegemônico que se tornou, por norma, o traço distintivo do homem-que-nós-somos. Essa questão se alimentará em seus desdobramentos da crítica à linguagem efetuada por Fernand Deligny, em especial a partir de suas experiências com as crianças autistas não verbais com as quais conviveu nas montanhas de Cévennes, que trará uma nova ideia sobre o que é o humano para além de qualquer forma simbólica ou subjetiva.