Abstract

Le Moyen âge par ses images é um dos mais felizes exemplos de como investigação crítica, método e interpretação podem amalgamar-se para produzir uma obra referencial carregada de valor histórico. Talvez, se dispostos isoladamente, tais elementos não provocariam o impacto no leitor, altamente proveitoso quando se pensa o conjunto do livro. A História torna-se arte, em sua plenitude, pelo encantamento que se processa em escritas como essa. Isso ocorre porque a obra de Chiara Frugoni, respeitada medievalista italiana, inova ao confrontar narrativas imagéticas relacionando-as com o simbólico, o metafórico e o místico. Essa escolha metodológica é facilmente explicável: para se compreender a imagem medieval, torna-se fundamental investigar suas dimensões ideológicas, seus significados culturais e suas funções estéticas. Apenas assim, defende Frugoni, poder-se-ia projetar uma análise histórica que, agregando saberes entrelaçados, se desdobra automaticamente em temas como imaginário coletivo, formas de devoção e práticas religiosas. Ao longo de todo o livro, tais questões expandem-se em uma liberdade associativa entre personagens e contextualizações temporais.