Abstract
Este artigo tem como objeto principal as imagens que Dorothea Lange produziu para o governo estadunidense dos campos de concentração para japoneses-americanos durante a guerra do Pacífico (1941-1945). Considerando o contexto das políticas raciais, as restrições visuais sobre os campos e a forma como as imagens foram produzidas, suprimidas e comentadas, percebemos que algumas das imagens de Lange resistem à inscrição original, produzindo um contra-arquivo frente à vontade inaugural que as produziu. Propomos aqui uma atenção às imagens dos corpos imóveis, sugerindo ali uma resistência à demanda da “inclusão” no futuro da estado-nação liberal.