Abstract
: O objetivo deste texto é apresentar duas respostas diferentes a respeito de se a linguagem religiosa faz alegações factuais. Ambos, apoiados na análise conceitual, sustentam posições diversas. Gregory W. Dawes baseando-se na teoria dos atos de fala de Austin sustenta que a linguagem religiosa tanto faz alegações factuais quanto é igualmente normativa, isto é, orienta a conduta do crente. Alejandro Tomasini Bassols, de modo diverso, sustenta uma análise wittgensteiniana e nega o caráter factual ou referencial da linguagem religiosa. A linguagem religiosa é entendida fundamentalmente como imagem e sua finalidade é garantir certo modo de vida que é útil à pessoa religiosa. A lição que se tira dessa discussão é não reduzir a linguagem religiosa à factual.