Abstract
A perspectiva feminista de Angela Davis e Herbert Marcuse será aqui apresentada explorando três pontos que se encontram interligados: (1) as características consideradas especificamente femininas, (2) a desigual igualdade sexual na exploração do trabalho e (3) o potencial político radical do feminismo em movimentos de libertação. Para apresentar os dois primeiros pontos, utilizaremos textos de Herbert Marcuse; para o último, recorremos também a Angela Davis. Veremos, na sequência, como os dois teóricos críticos e ativistas mostram com clareza as transformações socioculturais ocorridas quando mulheres recorreram à dimensão estética – música, no nosso estudo de caso – como uma espécie de aliada capaz de fornecer uma trincheira mesmo nos tempos sombrios, como os de agora. Juntas, Davis e Marcuse podem despertar novas esperanças.