Abstract
As pessoas com deficiência, geralmente, são desencorajadas a expressar sua sexualidade, e muitas mulheres amputadas decidem usar roupas que, de alguma forma, camuflam suas deficiências, reforçando a ideia de que um membro amputado é perturbador e nada atraente. Por não se enquadrar nos padrões normativos da sociedade, entendemos que os corpos deficientes também fazem parte do rol de corporeidades abjetas. Em 2016 a revista Playboy publicou o ensaio (não nu) feito pela atleta paralímpica Camille Rodrigues, a repercussão foi imediata. Assim, nesse artigo temos como objetivo analisar como a atleta foi representada nas notícias publicadas sobre seu ensaio para a Playboy, levando em conta as relações entre abjeção e deficiência.