Abstract
A laboração do conhecimento é tradicionalmente concepta através da interação entre o sujeito que aprecia e o objeto que é contemplado. Não obstante de parecer uma ação de reação tão natural ao homem à manifestação dessa vinculação entre o ser e o objeto não se torna obrigatoriamente sinônimo pleno da compreensão humana do real dentro da realidade. Como ratificação dessa limitação reservada, muitas vezes sancionada como fato social, constata-se a atuação cronológica perniciosa do homem contra si mesmo, respaldado em suas manifestações autodestrutivas dentro dos diversos sistemas de produção historicamente vigentes, em particular no capitalismo. Especificamente, a respeito do capitalismo brasileiro contemporâneo este trabalho busca como objetivo central analisar como a Reforma do Estado na década de noventa alterou as condições relacionais do mercado de trabalho. A metodologia emprega foi à dialética materializada na pseudoconcreticidade. Como constatação ratificou-se a intensificação do processo de flexibilização, de desmobilização e de fragilização do trabalho como categoria, compendiada como subtração de ação e ideologia operária, movimento este apoiado por modificações pontuais e graduais da legislação trabalhista que somadas conferem uma dimensão perniciosa e trágica ao futuro da classe trabalhadora e consequentemente ao desenvolvimento nacional.