A apropriação propícia – pensar e amar como acontecimento em Heidegger

Natureza Humana 21 (1) (2019)
  Copy   BIBTEX

Abstract

a radicalização da problemática fenomenológica da intencionalidade atinge o seu clímax no conceito de Ereignis, que não tivera lugar em Ser e Tempo, mas constitui o cerne da meditação dos Beiträge. Nele, está pensado o tempo cairológico do mútuo apropriar-se do ser e do aí em que toma forma: o erigir-se dos humanos em ser-o-aí (do ser) no instante propício do mais próprio dar-se do ser. O acontecimento dessa apropriação recíproca manifesta-se de muitas maneiras: em palavra, gesto, ato, obra. Mas, no último Heidegger, tem a sua máxima expressão naquilo a que chama «pensar»: o «pensar-propício» (Ereignis-Denken), aquele que não é calculador nem metafísico, que é «outro» relativamente ao já sido, filosoficamente desenrolado, e que, em última instância, é um gostar (mögen) de ser (do ser), que torna possível (möglich) e grato (dankend) o novo, que só assim pode propiciar-se. O mesmo acontece no amor, enquanto apropriação que expropria e enquanto é apropriado para a diferença. O presente trabalho explora esse vínculo entre pensar e amar como âmbito propício ao acontecimento do novo e defende a sua irredutibilidade à concepção inicial de qualquer objeto intencional.

Other Versions

No versions found

Links

PhilArchive

    This entry is not archived by us. If you are the author and have permission from the publisher, we recommend that you archive it. Many publishers automatically grant permission to authors to archive pre-prints. By uploading a copy of your work, you will enable us to better index it, making it easier to find.

    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 105,711

External links

Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Similar books and articles

Angst.Mariano da Rosa Luiz Carlos - 2025 - Seattle, Washington, USA/Sao Paulo, Sao Paulo, Brazil: Amazon Books & Mariano Da Rosa Academic Editions.
ONDE ESTÁ NO SER O SER QUE É SEU PRÓPRIO NADA? Do nada lógico-metafísico ao nada ontológico-existencial entre Hegel, Heidegger e Sartre.Luiz Carlos Mariano da Rosa - 2024 - Agon (Ἀγών), Revista de Filosofia da Ufrgs - Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul (Porto Alegre, Rio Grande Do Sul, Brasil) 4 (12):23-64.

Analytics

Added to PP
2025-03-27

Downloads
0

6 months
0

Historical graph of downloads

Sorry, there are not enough data points to plot this chart.
How can I increase my downloads?

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

No references found.

Add more references