Abstract
O presente artigo pretende discorrer sobre o conceito de natureza possibilitado pela ontologia de Heidegger, que busca no pensamento grego seu sentido mais originário, e a crítica do filósofo ao conceito proporcionado pela metafísica clássica que teria provocado distopias na relação entre o homem e a natureza ao objetivá-la. Tal relação de domínio, além de evidenciar a necessidade de uma reflexão sobre o antropocentrismo, também e, por consequência disso, desvela-se através da crise ambiental vivida hoje por nós. Dessa forma, Heidegger encontra tal sentido originário na palavra physis, o qual discuto nas páginas seguintes suas nuances a partir do que foi levantado pela obra do filósofo. Busca-se assim encontrar um sentido autêntico de natureza, antes do que foi assimilado pela tradição metafísica e desencoberto pelo ser humano como uma reserva ao seu dispor.