Abstract
Parte do cinema brasileiro pensado e elaborado nos anos 2010 produziu gestos sintomáticos da corrida desenvolvimentista e imobiliária em grandes cidades brasileiras a partir de leituras temporais não-lineares. A partir de uma constelação de imagens acionadas por um grupo de cinco filmes, este artigo busca aproximar sequências a partir de três conceitos temporais distintos: a perspectiva ecobiótica andina de tempo (YAMPARA, 2010), o tempo espiralar em rituais do Congado (MARTINS, 2002) e o tempo Exu (SODRÉ, 2017). Com eles, é possível percebemos parte do cinema brasileiro revelando, em suas cidades, a estrutura fóssil em projetos de futuro.